Davi Calebe, jovem de 17 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), compartilha que desde que participa do Adolescentro, melhorou na socialização, fez amigos e evoluiu nos estudos. Ele destaca a importância de estar em um grupo onde todos têm experiências parecidas.
No Grupo Interação, atividades são feitas para desenvolver habilidades sociais e a convivência entre jovens. Cada reunião aborda temas como autocuidado, higiene, afetividade, sexualidade, autonomia, coordenação motora e formas de lidar com as emoções.
Diva Diamante, mãe do Davi, elogia a equipe do Adolescentro, que é especializada e atenciosa. Ela nota uma grande diferença no comportamento do filho após os encontros, que também ajudaram Davi a fazer muitos amigos e se abrir mais.
Como participar
O Adolescentro oferece 160 vagas por ano, atendendo mais de mil pessoas mensalmente com acompanhamento coletivo e individual. A equipe inclui psicólogos, médicos especialistas em adolescentes, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais.
Para quem desconfia de TEA, o primeiro contato deve ser nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Depois, o paciente pode ser encaminhado para um dos Centros Especializados em Reabilitação (CERs) do Distrito Federal.
Se o jovem precisa de apoio psicológico, pode ser direcionado ao Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (Compp) ou ao Adolescentro. Casos mais graves são encaminhados aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Apoio para pais e cuidadores
Enquanto os jovens participam do grupo, seus responsáveis participam de grupos terapêuticos para troca de experiências e apoio emocional. Diva destaca a importância de cuidar da saúde mental dos cuidadores.
Marina Esselin, terapeuta ocupacional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, explica que o acompanhamento ajuda os responsáveis a entender melhor o diagnóstico e se comunicar com seus filhos, fortalecendo o relacionamento entre eles.
*Informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)