25.5 C
Brasília
quinta-feira, 25/09/2025

Adolescente inventa estupro coletivo após sofrer bullying na escola

Brasília
nuvens dispersas
25.5 ° C
25.5 °
23.7 °
52 %
4.6kmh
40 %
sex
26 °
sáb
28 °
dom
30 °
seg
32 °
ter
25 °

Em Brasília

O que inicialmente parecia ser um caso real de estupro coletivo contra uma adolescente de 15 anos acabou se revelando uma mentira, criada como forma de retaliação contra colegas da escola, conforme apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A jovem acusou os garotos de praticar bullying contra ela. A investigação feita pela 8ª Delegacia de Polícia reuniu evidências que desmentiram o relato falso.

No início, a denúncia da adolescente provocou uma série de ações emergenciais, incluindo atendimento médico e exames no Instituto Médico Legal (IML). Seis adolescentes, entre 14 e 15 anos, foram apontados suspeitos.

A gravidade das acusações levou à decisão judicial de internação provisória de alguns dos adolescentes, enquanto as famílias enfrentavam situações de constrangimento e sofrimento devido à exposição pública. Porém, diversas inconsistências no depoimento da jovem facilitaram a descoberta da verdade.

As investigações descobriram que os acusados estavam em sala de aula no momento em que o crime teria ocorrido, como comprovaram registros escolares e imagens de câmeras de segurança. Além disso, mensagens enviadas ao namorado da denunciante saíram de um número vinculado à mãe da jovem, contrariando a alegação de que os supostos agressores teriam entrado em contato. A reconstituição do percurso indicado também não apresentou indícios de crime.

Diante dessas evidências, a adolescente manteve inicialmente a mentira, mas depois confessou que a história foi fabricada para punir os colegas que a intimidavam e praticavam bullying contra ela. Para dar veracidade à falsa denúncia, a jovem chegou a se ferir propositalmente.

Bruna Eiras, delegada-chefe da 8ª DP, ressaltou: “Nosso trabalho não termina com a primeira versão dos fatos. Seguimos cada etapa com rigor técnico, proteção às partes e respeito aos direitos fundamentais.”

Após a confissão, a PCDF informou o Poder Judiciário, que anulou as medidas contra os adolescentes acusados injustamente. A jovem responderá por ato infracional equivalente a denunciação caluniosa.

Este caso evidencia os prejuízos causados por falsas denúncias, que atingem não só os acusados e suas famílias, mas também o sistema de Justiça, que mobiliza recursos e profissionais para apurar situações graves.

Veja Também