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terça-feira, 15/07/2025

Adoçante pode ajudar no crescimento de tumor no cérebro

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Um estudo conduzido por pesquisadores do Hospital de Foshan, na China, revelou que o consumo contínuo de adoçante está vinculado a um maior risco de alterações genéticas e intestinais que favorecem o crescimento de tumores cerebrais. A investigação mostrou que camundongos que receberam aspartame, um adoçante presente em refrigerantes, balas de goma e até pastas de dente, apresentaram uma progressão acelerada do glioblastoma, um câncer cerebral agressivo.

Publicada na revista Scientific Reports em 2 de julho, a pesquisa destaca que o aspartame pode provocar mudanças biológicas que contribuem para o avanço do tumor. O glioblastoma, que se desenvolve rapidamente na parte interna do cérebro, é difícil de tratar devido à sua localização e agressividade.

Sintomas do glioblastoma

  • Dores de cabeça persistentes e intensas, associadas a náuseas e vômitos.
  • Convulsões, frequentemente o primeiro sinal grave da doença.
  • Alterações cognitivas, como dificuldade de memória, confusão e problemas de atenção.
  • Mudanças de humor e personalidade, incluindo irritabilidade e ansiedade.
  • Dificuldades visuais, como visão turva ou dupla.
  • Comprometimento da fala, com dificuldade para encontrar palavras ou entender linguagem.
  • Problemas de coordenação motora, fraqueza muscular e perda de equilíbrio.

Associação entre adoçante e câncer

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc) classificou o aspartame como possivelmente cancerígeno para humanos desde 2023, embora a evidência ainda seja limitada. Este estudo reforça a necessidade de atenção médica quanto ao consumo do adoçante.

Os pesquisadores observaram mudanças na flora intestinal dos camundongos tratados com aspartame, incluindo uma redução das bactérias da família Rikenellaceae, o que pode diminuir a imunidade e influenciar o metabolismo do tumor.

Além disso, houve aumento na expressão de genes que promovem o crescimento celular e o desenvolvimento de tumores, incluindo o gene TGFB1, que está relacionado ao crescimento do glioblastoma e resistência ao tratamento.

Embora as descobertas sejam preliminares e baseadas em modelos animais, elas sugerem que intervenções combinando dieta e tratamentos médicos podem ser importantes para controlar o câncer.

O estudo também pontua a necessidade de investigar como o microbioma do tecido tumoral interage com o adoçante, uma área ainda pouco explorada.

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