LEONARDO VIECELI
FOLHAPRESS
O governo do Acre declarou situação de emergência nesta segunda-feira (29) em cinco cidades afetadas pelas enchentes no final deste ano. As cidades incluem a capital, Rio Branco, e também Feijó, Plácido de Castro, Santa Rosa do Purus e Tarauacá.
As chuvas intensas dos últimos dias fizeram com que os níveis dos rios Acre, Purus e Tarauacá subissem, forçando famílias a deixarem suas casas perto do Ano Novo.
A Prefeitura de Rio Branco informou que a cheia do rio Acre já atingiu 43 bairros desde sexta-feira (26), prejudicando mais de 12 mil pessoas. A cidade tem uma população estimada em 389 mil habitantes, segundo o IBGE.
A maioria das famílias está sendo acolhida por parentes, enquanto 304 pessoas foram levadas para abrigos municipais, conforme a administração de Tião Bocalom (PL).
O decreto foi publicado no Diário Oficial, com assinatura da governadora em exercício, Mailza Assis, e tem validade de 180 dias.
Com o decreto, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC) irá coordenar ações com autoridades federais, estaduais e municipais, mobilizar recursos humanos e materiais, ajudar as comunidades isoladas e oferecer apoio logístico às cidades afetadas, segundo o governo do Acre.
A medida considera as fortes chuvas registradas em dezembro, especialmente em Rio Branco, onde o total acumulado de chuva foi de 483 milímetros, superando a média esperada de 265 milímetros para o período.
De acordo com o governo de Gladson Cameli (PP), o rio Acre continua subindo e atingiu 15,38 metros na capital às 15h. As cotas de alerta e transbordo para Rio Branco são, respectivamente, 13,50 metros e 14 metros.
O governo estadual não detalhou a quantidade total de famílias desabrigadas devido às chuvas.
Pela manhã, um boletim diário informou que a cheia do rio Acre para dezembro é a maior em cerca de 50 anos.
O boletim contabilizava 46 famílias (186 pessoas) em quatro abrigos em Rio Branco, e novos dados devem ser divulgados nesta terça-feira (30).

