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sexta-feira, 22/11/2024
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“Ações contra mudança climática não vão parar, apesar de Trump”

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Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou esperanças de que o novo presidente americano desista do plano de abandonar o acordo global

Ban disse esperar que o republicano Trump, eleito na semana passada, abandone sua visão de que a mudança climática provocada pelo homem (Shannon Stapleton/Reuters/VEJA)
Ban disse esperar que o republicano Trump, eleito na semana passada, abandone sua visão de que a mudança climática provocada pelo homem (Shannon Stapleton/Reuters/VEJA)

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira que as ações contra as mudanças climáticas se tornaram inevitáveis e expressou esperanças de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, desista do plano de abandonar um acordo global que visa diminuir a dependência do mundo dos combustíveis fósseis.

Em uma reunião de quase 200 nações realizada no Marrocos para buscar formas de implementar o acordo de Paris de 2015 para limitar as emissões de gases de efeito estufa, Ban disse que empresas, Estados e cidades dos EUA estavam buscando limitar o aquecimento global.

“O que antes era impensável tornou-se inevitável”, disse ele numa coletiva de imprensa do Acordo de Paris, aprovado pelos governos no ano passado, ratificado em tempo recorde e adotado formalmente por mais de 100 nações, incluindo os Estados Unidos.

O acordo, com o objetivo de eliminar as emissões líquidas de gases de efeito estufa neste século, foi um avanço após mais de duas décadas de negociações, impulsionado pela maior certeza científica de que as emissões causadas pelo homem impulsionam ondas de calor, inundações e aumento do nível do mar.

Ban disse esperar que o republicano Trump, eleito na semana passada, abandone sua visão de que a mudança climática provocada pelo homem é uma farsa e sua promessa de cancelar o Acordo de Paris. “Estou certo de que tomará uma decisão rápida e sábia”, disse Ban. Ele observou que este ano está rumo a se tornar o ano mais quente desde que os registros começaram no século XIX.

“Espero que ele realmente ouça e compreenda a gravidade e a urgência de lidar com as mudanças climáticas. Como presidente dos Estados Unidos, espero que ele entenda isso, ouça e avalie as observações de sua campanha”, disse ele. Ban disse que empresas como General Mills e Kellogg, estados como a Califórnia e cidades como Washington, Nashville e Las Vegas estavam trabalhando para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.

O secretário disse que Trump, como uma “pessoa de negócios muito bem sucedida”, entenderia que as forças do mercado já estavam agindo para guiar a economia mundial para energias mais limpas, longe dos combustíveis fósseis.

(Com agência Reuters)

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