Infelizmente é preciso um episódio como o de hoje para que alguns acordem e admitam que as instituições estão funcionando
Prazer em conhecer o seu país. O vira-latismo, com frequência, leva muita gente a não entender o Brasil. Isso se aplica à força de nossas instituições. As pessoas são cegas ao seu adequado funcionamento.
Se a Polícia Federal (PF) fosse uma polícia política a mando de Bolsonaro, não estariam neste momento tendo suas casas vasculhadas Luciano Hang (o véio da Havan), Roberto Jefferson, Allan dos Santos, Sara Winter, Rey Bianchi, todos eles bolsonaristas umbilicalmente ligados ao Presidente.
É preciso um episódio como o de hoje para que alguns acordem. A PF de hoje é a mesma de ontem, de antes de ontem, do ano passado e do ano retrasado. Ela é uma instituição que funciona, e como qualquer instituição, com erros e acertos. Dizer que as instituições funcionam não é sinônimo de afirmar que elas são perfeitas, não existe nada perfeito no mundo que tenha sido criado pelos homens. Perfeito só Deus.
Infelizmente as pessoas só veem o que querem ver, fazem uma seleção dos fatos que reforçam suas crenças (vira-latas e preconceituosas) contra o Brasil. Como diz o samba de Paulinho da Viola: “as coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender”. Hoje é uma aula importante. É melhor aceitar que as coisas estão no mundo, dói menos. Aceitar as evidências empíricas que atestam que as instituições estão funcionando.
Além disso, operação da PF de hoje não foi vazada para a mídia pela Deputada Carla Zambelli. Curioso isso, não? Para ela e seus aliados vazar a de hoje teria sido muito mais útil do que vazar a de ontem. Esse episódio não se encaixa nas tão bem elaboradas teorias da conspiração. Opa, os conspiracionistas irão afirmar que ela vazou para os titulares dos 29 endereços onde ocorreram os mandados. A ver. Os mais importantes serão as figuras desconhecidas do grande público, hackers e operadores de tecnologia da informação, cujos celulares e computadores estão repletos de provas contundentes sobre a atuação do “gabinete do ódio”.
Prazer em conhecê-lo, sou o Brasil.