Mais de 150 mulheres foram atendidas neste fim de semana no Ambulatório de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O mutirão possibilitou o diagnóstico e o começo do tratamento de vários tipos de câncer ginecológico. A ação faz parte da campanha Setembro em Flor, organizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em conjunto com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), destacando a importância do cuidado ginecológico.
No sábado (6), 98 mulheres passaram por colposcopia; no domingo (7), durante o feriado do Dia da Independência, mais 58 foram atendidas. Este exame, indicado para pacientes com alterações no exame preventivo, permite observar com detalhes o colo do útero para detectar lesões ou modificações invisíveis a olho nu.
Rayane Cardoso, cirurgiã oncológica do HRT e organizadora do mutirão, explica: “Conseguimos fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento para impedir que os tumores se tornem câncer invasor. Isso é muito importante para a vida dessas mulheres.”
Para viabilizar os atendimentos, foi montada uma grande força-tarefa. A colaboração com instituições privadas permitiu o empréstimo de cinco colposcópios. Uma equipe de 45 profissionais voluntários realizou os exames. As pacientes foram informadas por telefone sobre a consulta. “Muitas pessoas trabalharam para que este mutirão pudesse atender tantas mulheres”, destaca Rayane Cardoso.
Prevenção
A campanha Setembro em Flor continua durante todo o mês, promovendo ações para prevenir e diagnosticar precocemente cânceres que atingem o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. Um novo mutirão de colposcopia está marcado para os dias 28 e 29 de setembro.
A prevenção principal do câncer do colo do útero envolve diminuir o risco de infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A vacinação e o exame preventivo (papanicolau) são medidas eficazes para evitar a doença.
Na rede pública de saúde do Distrito Federal, a vacina é oferecida gratuitamente nas unidades da SES-DF para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Até o final do ano, jovens de 15 a 19 anos também poderão recebê-la. A vacinação também é recomendada para pessoas com HIV ou aids, além de pacientes transplantados e oncológicos.
*Informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)