Julia Chaib
NOVA YORK, None (FOLHAPRESS)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (24) que a democracia é essencial para o futuro da humanidade.
Ele falou durante o encontro “Democracia Sempre”, que aconteceu paralelamente à Assembleia-Geral da ONU, um dia depois de receber um gesto do presidente Donald Trump.
Lula disse no início do discurso que não leria o texto preparado e pediu ao presidente chileno Gabriel Boric, que abriu o reunião, que o interrompesse após os quatro minutos previstos para cada líder presente.
Os Estados Unidos não foram convidados para o evento, diferente do que ocorreu no ano anterior.
O Brasil, um dos organizadores, achou que não havia ambiente para convocar os EUA devido às sanções aplicadas por Trump. Considerando que não fazia sentido chamar um país que prejudica a democracia de outro.
Participaram cerca de 30 convidados escolhidos pelos organizadores – Brasil, Espanha, Uruguai, Colômbia e Chile. Países como Alemanha, Canadá, França, México, Noruega, Quênia, Senegal e Timor Leste também estavam na lista.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, deve participar como representante da União Europeia.
O Brasil falou logo após o Chile. Mesmo com a melhora na relação com os EUA na terça (23), Lula enviou mensagens em seu discurso, destacando a importância de respeitar a soberania dos países.
Na sua fala anterior na Assembleia-Geral, Lula já havia mandado várias mensagens ao americano, defendendo a soberania e criticando ataques ao Judiciário nacional. Os dois tiveram um breve encontro nos bastidores. Depois, Trump comentou que houve “excelente química” entre eles e que conversarão novamente na próxima semana.
Na tarde de quarta, Lula lidera, junto com Guterres, uma reunião para incentivar a entrega das metas de descarbonização (NDCs) que cada país ou grupo compromete-se a cumprir. A União Europeia não deve apresentar suas metas em Nova York, frustrando expectativas da COP30, conferência do clima da ONU que acontecerá em Belém em novembro.