Espaço poderá abrigar mostras, saraus e lançamentos de livros a partir de janeiro. Governo também vai sancionar Lei Orgânica da Cultura e reativar Prêmio José Aparecido de Oliveira após 5 anos.
O foyer da sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, será reinaugurado nesta quinta-feira (7) após três anos fechado, informou o Secretário de Cultura, Guilherme Reis. O espaço poderá abrigar mostras, saraus e lançamentos de livros a partir de janeiro. Na ocasião, também será sancionada a Lei Orgânica da Cultura e reativado o Prêmio José Aparecido de Oliveira, há cinco anos parado (entenda abaixo).
Após o foyer, as obras serão direcionadas para a sala Martins Pena, que deve ser reaberta até o final do ano que vem – o mês não foi especificado pelo governo. A reforma da Villa-Lobos começará logo em seguida, segundo a secretaria, ainda no final do ano.
Para garantir a reforma da Martins Pena, o GDF informou que será feita parceria com uma organização da sociedade civil que será responsável por captar recursos por meio da Lei Rouanet. “É preciso não apenas reformar o Teatro Nacional, mas renovar a forma de gestão do espaço”, disse Reis.
A lei pode ser usada por artistas, produtores, técnicos e, ainda, por pessoas jurídicas, desde que tenham a cultura como foco de atuação. A reforma do teatro será realizada em cooperação com Instituto Euvaldo Lodi do Distrito Federal (IEL-DF) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops).
Segundo informou o secretário de Cultura, Guilherme Reis, em abril, a reabertura do espaço deve gerar economia de metade do preço inicialestimado para reformas, de R$ 220 milhões.
Lei da Cultura e premiação
Nesta quinta (7), durante a cerimônia de reabertura do foyer, o governador Rodrigo Rollemberg também deve sancionar a Lei Orgânica da Cultura, aprovada pela Câmara Legislativa no dia 10 de outubro. A norma reúne rege a produção artística e cultural da cidade e, segundo a Secretaria de Cultura, é um “marco histórico” no setor.
Segundo o secretário Guilherme Reis, o prêmio José Aparecido de Oliveira também será reativado – a última edição ocorreu em 2012. Ele foi governador do Distrito Federal entre 9 de maio de 1985 e 19 de setembro de 1988 – no penúltimo ano de gestão, Brasília recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco.
No mesmo ano, a área central da cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). Por conta disso, o prêmio foi instituído em 2007 a fim de reconhecer trabalhos que contribuem para a preservação de Brasília como patrimônio cultural.
Outros lugares de cultura
Outros centros de cultura do Distrito Federal também passam por reformas e mudanças no formato de gestão. Entre eles, está o Memorial dos Povos Indígenas, cujo vencedor da licitação foi o Centro de Trabalho Indígena, que deve começar a trabalhar no espaço ainda nesta semana, disse Reis.
A Biblioteca Pública de Brasília, que fica da 512 Sul, também deve ser reinaugurada em janeiro, segundo o governo. O Centro de Dança, que seria reinaugurado em outubro segundo última previsão da Secretaria de Cultura, ainda aguarda publicação do edital de chamamento público.
O Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, que está fechado desde 2013 por falta de segurança das estruturas, deve ser reaberto a partir de abril do ano que vem, segundo Reis. O prazo de reinauguração do espaço foi adiado três vezes: de março para outubro de 2017, depois para fevereiro de 2018 e, agora, para abril de 2018.
O Cine Brasília também deve receber um novo café bistrô. A disputa pelo espaço será feita por meio de pregão eletrônico e os interessados têm até sexta-feira (8) para conhecer o edital e enviar a proposta de negócio. Segundo o GDF, a intenção é que o café tenha condições de funcionar de terça à domingo, das 10h às 22h.