Índice de desocupação passou de 14,4% para 14,2%, diz levantamento.
Nº representa 223 mil pessoas; problema caiu em regiões de baixa renda.
A taxa de desemprego no Distrito Federal manteve “relativa estabilidade” na comparação entre maio e junho deste ano, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (29) pela Companhia de Planejamento (Codeplan). O percentual passou de 14,4% para 14,2%, que equivalem a cerca de 223 mil pessoas sem ocupação profissional.
Os números indicam a primeira queda no nível de desemprego desde o início do ano, com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego. O estudo é feito mensalmente pela Codeplan, em parceria com a Secretaria de Trabalho e o Dieese.
Em dezembro de 2014, havia cerca de 181 mil desempregados – 23,2% a menos que o registrado em junho. Segundo a Codeplan, os números acompanham uma tendência registrada em anos anteriores.
Na comparação com junho de 2013, o desemprego teve alta de 26% – na época, eram 176 mil pessoas sem emprego. A pesquisa não foi feita entre outubro de 2013 e outubro de 2014. Os gráficos apontam um aumento de 43 mil pessoas na população ocupada entre março e junho deste ano.
“Essa pesquisa nos dá parâmetro sobre onde temos que atacar, para contornar essa crise”, afirmou o secretário de Trabalho, Georges Michel Sobrinho. Segundo ele, o GDF busca parcerias e recursos para aumentar a qualificação profissional e permitir a inserção dos jovens no mercado de trabalho.
O presidente da Codeplan, Lúcio Rennó, afirma que o ritmo atual de criação de empregos é insuficiente para absorver os novos profissionais e a mão de obra demitida em decorrência da crise.
“Estamos criando empregos, mas a pressão dos novos trabalhadores é constante. A gente continua a ser desigual, e pobres e jovens parecem ser os mais afetados”, disse.
Alta no Plano Piloto
A pesquisa indica que o desemprego aumentou no Plano Piloto, incluindo os lagos Sul e Norte. As regiões têm a maior renda domiciliar do DF e o menor índice de desemprego, que passou de 6,4% para 7,4% entre maio e junho.
No grupo de regiões “mais pobres”, a taxa de desemprego é maior, mas apresentou redução de 17,3% para 16,9% no período. O grupo inclui Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Recanto das Emas.