Passageiros poderão agora sofrer punições caso não usem a proteção, segundo novas regras da 99. O ex-BBB Rodrigo Mussi sofreu acidente na semana passada ao viajar sem cinto no banco de trás, e segue internado
A empresa de transporte por aplicativo 99 anunciou neste domingo, 3, que passará a implementar novas regras para garantir o cumprimento da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nas corridas. Passageiros poderão sofrer punições caso não usem a proteção, disse a empresa.
As mudanças ocorrem dias depois do caso com Rodrigo Mussi, ex-participante do reality Big Brother Brasil que sofreu acidente durante uma corrida com a 99 na última semana e não usava cinto de segurança na ocasião.
“A 99 está ampliando seus esforços para a conscientização da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança em todas as corridas, sejam curtas ou longas”, disse a empresa em nota.
Dentre as medidas, o motorista passou a poder cancelar a viagem caso o passageiro se recuse a usar cinto. A 99 afirmou também que começou a implementar banners e avisos (incluindo de voz dentro do carro no futuro) para lembrar o passageiro sobre a proteção.
O aplicativo ganhará ainda um espaço para que motoristas e passageiros reportem viagens sem cinto, e os que não cumprirem a regra poderão ser punidos.
“Usuários que desrespeitarem as regras receberão alertas educativos e até bloqueios, em casos de reincidência”, disse a 99.
As medidas incluem, por fim, ações de educação de passageiros e motoristas, que serão ampliadas, segundo a empresa.
O uso de cinto de segurança é obrigatório no Brasil pelas leis de trânsito, o mesmo valendo para as corridas de transporte por aplicativo. No entanto, pesquisa do IBGE mostra que 50% dos brasileiros ainda dispensam seu uso, sobretudo os passageiros no banco traseiro.
A 99 afirma que o uso de cinto em corridas constava em seu “Guia da Comunidade”, um manual de conduta para usuários e motoristas lançado em 2020, em parceria com o Instituto Ethos.
Caso Rodrigo Mussi
O acidente com o ex-BBB Rodrigo Mussi aconteceu quando o gerente comercial voltava do estádio do Morumbi na quarta-feira, 30, após acompanhar o primeiro jogo da final entre São Paulo e Palmeiras. O carro em que ele estava colidiu com a traseira de um caminhão.
O ex-BBB estava sem cinto no banco de trás, teve traumatismo craniano e uma série de fraturas pelo corpo. Ele segue internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e passou por duas cirurgias.
No momento do acidente, o motorista que levava Rodrigo dirigia para a 99 e disse que dormiu durante a corrida, quando o carro acabou colidindo.
O caso levantou também debates sobre a duração das jornadas de trabalho de motoristas de aplicativo.
O episódio foi classificado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de causar um acidente, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.