Segundo o Sebrae, em outubro, 57% dos microempreendedores individuais (MEIs) relataram dificuldades para conseguir acesso ao crédito. Entretanto, pela primeira vez desde o mesmo período do ano anterior, 33% dos MEIs classificaram o nível de dificuldade como ‘normal’.
Entre os que indicaram dificuldades, houve uma redução de 10 pontos percentuais em comparação com a pesquisa do ano anterior, que mostrava que 67% dos MEIs tinham dificuldades para obter crédito.
Os dados foram obtidos na Sondagem Econômica, realizada pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Décio Lima, presidente do Sebrae, afirmou que esses resultados refletem o impacto de políticas públicas, como o programa Acredita, que facilitou a obtenção de crédito para pequenos empresários. “Historicamente, cerca de 8 em cada 10 pequenas empresas não tinham acesso ao crédito. O Sebrae, em parceria com o governo federal, tem modificado essa realidade”, destacou.
Ele ressaltou que o Sebrae atua como avalista, simplificando o acesso ao crédito para pequenos negócios. “Esse crédito, acompanhado de suporte assistido, fornece segurança financeira e permite o crescimento das empresas. Além disso, satisfaz os requisitos de garantia do sistema financeiro, elemento crucial para a concessão dos empréstimos”.
A pesquisa também identificou que as principais dificuldades enfrentadas pelos MEIs são a carência de recursos para pagar despesas, a confusão entre finanças pessoais e empresariais, os custos com fornecedores, os atrasos nos pagamentos de clientes, as pendências financeiras e a dificuldade para obter empréstimos.
Para enfrentar esses desafios, a maioria dos empreendedores tem reduzido investimentos, diminuído o número de produtos oferecidos e postergado pagamentos.
O sentimento de confiança das micro e pequenas empresas aumentou pelo segundo mês consecutivo, mostrando avanços positivos em todas as regiões do país. Em outubro, o índice subiu 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.
“A elevação da confiança das micro e pequenas empresas se deve a uma economia em recuperação, com pleno emprego e inflação controlada”, explicou Décio Lima. Ele acrescentou que, nessa época do ano, o consumo das famílias normalmente impulsiona a economia e fortalece o otimismo dos empresários, especialmente nos setores de Comércio e Serviços.
