A escola de programação já recebeu mais de 57 milhões de reais em aportes e no ano passado fechou a compra da Codenation
Escola de programação foco em formar desenvolvedores, a Trybe quer quadruplicar o número de alunos que possui em 2021. Dos 754 estudantes que a companhia registrou em 2020, o plano agora é obter pelo menos 3.000 pessoas dentro das salas de aula virtuais da companhia que já levantou mais de 57 milhões de reais em aportes.
Com a pandemia, a procura pelos cursos aumentou drasticamente. A turma de março teve 2.800 inscrições, enquanto a de junho recebeu mais de 6.000 inscritos. “Nosso modelo ficou mais interessante. Antes a população tinha que comprometer capital por quatro anos para só depois, talvez, conseguir um emprego. Na Trybe, elas pagam só depois de empregadas”, diz Matheus Goyas, cofundador e presidente da startup.
Fundada em 2019 por Goyas, João Duarte, Rafael Torres, Claudio Lensing e Marcos Moura, a Trybe poderia ser apenas mais uma escola de desenvolvedores. Mas o que atrai os alunos — e os investidores — é o modelo de negócios. Em um dos planos oferecidos, os estudantes podem optar por pagar as mensalidades (que somam 36.000 reais no curso completo) só depois de empregados.
O ex-estudante, então, cede parte da remuneração (17%. Caso não consiga um emprego na área, ele fica livre da despesa ou tem a dívida suspensa temporariamente. “As pessoas entenderam a vantagem de estudar num lugar empenhado no sucesso daquele profissional”, afirma Goyas, presidente da startup.
Os números atuais e projetados para 2021 podem subir ainda mais graças a aquisição da Codenation, anunciada em agosto passado. A startup rival contava com 50.000 clientes e auxilia na inserção de profissionais em empresas como Itaú, Banco Inter e Stone.
“A Codenation tem expertise no recrutamento de profissionais de tecnologia com grandes empresas, então vai nos ajudar a reforçar a área de sucesso do aluno. Eles somam também na parte de ensino de tecnologia, com experiência em formação desde 2017”, diz Goyas.