A vitamina D é essencial para a saúde. Mesmo assim, parece ser cada vez mais difícil — principalmente para quem está em isolamento — obter seus níveis ideais no organismo.
Segundo a nutricionista Marina Kaplan, a ingestão diária recomendada (IDR) de vitamina D por adulto médio (14 a 70 anos) é de 600 IU (unidades internacionais). E pode ser difícil entender o papel que ela desempenha no organismo, bem como reconhecer os sintomas de sua deficiência. Saiba como com informações da “Slice”.
O que é vitamina D?
Apesar de ser um nutriente, Marina indica que a vitamina D também pode ser vista como um hormônio. “Ela tem capacidade de sinalização. Nosso corpo tem muitas células que possuem receptores de vitamina D que são acionados quando ela se liga a elas”, explica.
Os resultados das doenças pulmonares geralmente são melhores para pessoas que não são deficientes na vitamina. “Ouvimos falar disso com a covid-19”, acrescenta a especialista. O outro papel principal da vitamina é na absorção de cálcio do intestino delgado e no desenvolvimento ósseo, além de na função imunológica, na recuperação dos músculos e até na saúde do coração, de acordo com Marina.
5 sinais de que você tem deficiência de vitamina D
Você tem fraturas ósseas frequentes
Como uma das principais funções da vitamina D é ajudar na absorção de cálcio, ela desempenha um papel fundamental na saúde, densidade e desenvolvimento dos ossos, e um resultado da falta dela são as fraturas ósseas. A dor óssea também pode ser outra indicação.
Você contrai resfriados e outras doenças com facilidade
A deficiência da vitamina impacta negativamente a habilidade do organismo de combater vírus e bactérias.
Sua cicatrização e recuperação muscular é lenta
Se seus pequenos machucados do dia a dia demoram para cicatrizar, você pode ter deficiência de vitamina D. Isso também acontece quando sua recuperação muscular demora e se você apresenta dores frequentes nos músculos.
Você sofre de fadiga crônica
O Burnout pode ser uma das razões de uma constante letargia. No entanto, até mesmo a mínima deficiência de vitamina D pode afetar seus níveis de energia e te levar à fadiga. Isso pode ser consertado através da suplementação indicada por um especialista.
Você tem dificuldades para se concentrar
A baixa vitamina D está associada à mudança mental, atualização informacional e velocidade de processamento. Estudos descobriram também que a deficiência do nutriente pode afetar a memória e ocasionar o declínio cognitivo.
Consequências da deficiência de vitamina D
“A vitamina D afeta todos os sistemas do corpo, como o sistema circulatório e respiratório”, aponta Marina. Portanto, a deficiência dela pode ser um fator que contribui, a longo prazo, para as condições crônicas de saúde como osteoporose, artrite e fraturas ósseas.
A nutricionista acrescenta que inflamação, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares também podem ser consequências.
Como pessoas negras são afetadas pela deficiência de vitamina D
Marina explica que pessoas negras têm mais melanina, o que pode impactar na absorção da vitamina D através da radiação UVB. Por isso, a especialista recomenda que pessoas negras se atentem aos exames e recorram à suplementação quando necessário.
Alimentos com vitamina D
O nutriente é solúvel em gordura — o que significa que é absorvido com gorduras e é atraído para o tecido adiposo e para o fígado. Marina esclarece que existem duas formas principais da vitamina: D3, que é de origem animal, e D2, que é de origem vegetal. Outros alimentos que contêm a vitamina são:
Peixes oleosos, como salmão, atum, sardinha e cavalinha
• Óleo de fígado de bacalhau
• Bife de fígado
• Ovos criados a pasto e gema de ovo, especificamente
• Brotos de girassol
• Alguns cogumelos, devido à sua exposição à luz ultravioleta
• Produtos lácteos e produtos fortificados com vitamina D, como suco de laranja e cereais
Você também pode consumir a vitamina D2 em forma de suplemento. A especialista aponta que os produtos fortificados também são feitos com a vitamina D2 à base de plantas, portanto, veganas e vegetarianas não precisam se preocupar.