Ex-presidente não acredita que o modelo dará certo no Brasil
Em meio aos debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a implementação do regime de trabalho 4×3 no Brasil – quatro dias de trabalho seguidos por três de folga – o ex-presidente Michel Temer manifestou publicamente sua oposição à ideia.
Para ele, o modelo não seria viável no país e poderia levar trabalhadores a buscarem outras fontes de renda para preencher os dias de folga.
– Esta coisa de 4×3 não vai dar certo no Brasil. Acho que não é o melhor momento de se pensar nisso. Nem acho que os trabalhadores andam preocupados com isso. Até porque, se acontecer isso, a sensação que eu tenho é que, nos outros três dias, o trabalhador vai arrumar outro emprego – disse Temer à Folha de S.Paulo.
De autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a PEC traz como justificativa para a mudança na redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais a ideia de promover maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Segundo os defensores da proposta, o modelo 4×3 já tem sido testado em outros países, como Reino Unido e Islândia, com resultados que indicam aumento da produtividade e redução de problemas relacionados à saúde mental dos trabalhadores.
Os críticos, por outro lado, se preocupam com as questões econômicas que envolvem a mudança, principalmente para pequenas e médias empresas, que terão dificuldade de reorganizar suas operações para atender ao novo modelo.