O monitor UD590, da Samsung, é um dos primeiros a chega ao mercado brasileiro com a resolução 4K, ou seja, de 3840 x 2160 pixels. Com 28 polegadas, a tela é maior do que a de boa parte dos displays que as pessoa usam em casa. Seu preço, de R$ 3.199, também mostra que, por enquanto, o dispositivo é voltado para profissionais que desejam investir em uma imagem de qualidade.
Apesar de grande, o UD590 é bem leve (são apenas 5.65Kg), podendo ser transportado de um lado para o outro com facilidade. O aparelho vem na caixa com a base separada, mas a mesma pode ser encaixada facilmente pelo usuário. Mas o material que serve de apoio à tela é uma espécie de plástico, que, inclusive, passa um ar de fragilidade. Ela não parece muito firme para aguentar um display daquele tamanho. Durante os testes, não ocorreu nada que comprovasse a impressão, mas deixa a incógnita do porquê a peça não tem uma base melhor estruturada. Além disso, ela não permite regular a angulação ou a altura da tela, deixando-a fixa em uma mesma posição.
O monitor é todo em preto e tem o contorno em prata, da mesma cor da base. O design se assemelha aos demais monitores, mas ele conta com o botão de ligar e desligar situado na traseira. Movimentando esse mesmo botão para cima, para baixo ou para os lados, é possível acessar as configurações da tela, como luminosidade, acessar o modo PIP (que permite conectar dois computadores simultaneamente), colocar em modos adequados a determinado tipo de uso (como jogo), entre outras opções.
Talvez um botão frontal ou lateral tivesem melhor acesso e facilitassem os ajustes. Mas o fato de estar na parte de trás da tela não chega a ser um problema. Dentre as conectividades presentes estão duas entradas HDMI, uma Display Port e uma para fones de ouvido. Não há saída de som nem portas USB, que pode ser um problema para alguns.
À primeira vista, a imagem 4K – resolução quatro vezes superior ao Full HD – pode não parecer muito surpreendente. Mas, ao compará-la rapidamente com uma em qualidade inferior, fica claro como as cores e o brilho do que é exibido na tela são muito mais nítidos. No entanto, para usufruir de vídeos com essa qualidade, é necessário uma série de itens.
Antes de tudo, é preciso ter um computador com processador e placa de vídeo potentes o suficiente para suportar a resolução. Também é importante que a máquina tenha saída com suporte a 4K ou uma Display Port. Outra barreira está no fato de a produção de vídeos em Ultra HD ainda ser muito pequena – há algumas opções no YouTube e apenas para assinaturas norte-americanas do Netflix.No entanto, os 3840 x 2160 pixels, aliados 1 bilhão de cores suportadas e brilho de 370cd/m² chamam a atenção de quem passa pelo monitor. É bem verdade que os especialistas dizem que para o 4K ter seu melhor aproveitamento, é importante que as telas tenham mais de 60 polegadas. Mas não é possível imaginar um monitor tão grande. Portanto, as 28 polegadas são capazes de capturar a nitidez e pureza da imagem em Ultra HD. Em alguns momentos, as imagens parecem saltar da tela, de tão nítidas.
No entanto, tanto brilho e cores vivas em uma tela tão grande podem incomodar quem não está acostumado com um monitor desse tamanho. Durante os testes, algumas vezes, incomodou a visão e foi necessário se afastar um pouco da tela para ver confortavelmente. Por ser uma tela bem grande — além da ótima resolução —, o aparelho pode ser uma boa opção para quem trabalha com edição e tratamento de fotos e vídeos, permitindo ver bem todos os detalhes. Mas, durante o uso cotidiano, para navegar na Internet, por exemplo, o display pode ser facilmente dividido em duas ou mais partes, como se fossem dois monitores em uma.
No entanto, para assistir a vídeos ou jogar vídeo games, essas características podem ser ideais. Durante os testes, conectamos o aparelho a um Playstation 3 e o usamos em modo de jogo. A imagem, de fato, ficou mais nítida, mas a experiência ficou, segundo os jogadores, abaixo das expectativas, se comparada a outras telas.
Custo-benefício
O Samsung UD590 tem um bom preço, se levarmos em conta a resolução e seu tamanho, porém o aparelho, por enquanto, parece ser uma melhor opção para quem trabalha com programas de edição. Isso porque, no momento, ainda são poucos os vídeos disponíveis em 4K, tanto na Internet quanto em outros meios. Há alguns conteúdos no YouTube e nas contas norte-americanas do Netflix, mas não justificariam o investimento.
Além disso, para usufruir plenamente da capacidade da tela, é necessário ter um hardware potente e um aparelho com saída que suporte a tecnologia Full HD. Ou seja, o investimento não fica só por conta do display, mas também de um aparelho capaz de aguentar tudo o que o monitor oferece. Para quem está disposto a gastar um dinheiro para conferir toda a qualidade do 4K em casa — por mais que ainda haja pouco conteúdo —, o UD590 é, sim, uma boa escolha.
Fonte: Techtudo