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quarta-feira, 20/08/2025

Envelhecimento dos vasos sanguíneos acelera a partir dos 50 anos

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Um estudo inovador que mapeou proteínas em tecidos humanos revelou que os vasos sanguíneos são das primeiras partes do corpo a mostrarem sinais de envelhecimento. Os pesquisadores identificaram mudanças significativas a partir dos 50 anos, com destaque para a aorta, uma das artérias mais afetadas.

Os resultados indicam que por volta dos 50 anos ocorre uma aceleração nas modificações moleculares. As proteínas, essenciais para o funcionamento das células, começam a se acumular de forma desregulada com o passar do tempo. Essa perda de equilíbrio, chamada falha de proteostase, pode causar inflamações e doenças crônicas que intensificam o envelhecimento.

Este trabalho foi realizado por médicos chineses e publicado na revista Cell em 25 de julho. A equipe examinou 516 amostras provenientes de 13 sistemas diferentes do corpo, coletadas de 76 indivíduos chineses com idades entre 14 e 68 anos, que faleceram por causas não relacionadas a doenças.

Relógio proteico para medir envelhecimento

Os pesquisadores criaram “relógios proteômicos” que monitoram o acúmulo proteico para estimar a idade biológica de cada tecido. A análise mostrou que o envelhecimento acontece em ritmos distintos nos diversos órgãos e sistemas. Os vasos sanguíneos, especialmente a aorta, apresentaram envelhecimento precoce.

Os autores explicam que os vasos sanguíneos funcionam como condutores capazes de transportar moléculas ligadas ao envelhecimento para várias partes do corpo, ampliando assim os impactos das alterações neles, em comparação com outros sistemas.

Variações entre órgãos e sistemas

Não apenas o sistema circulatório envelhece cedo. A glândula adrenal, que controla o metabolismo e os hormônios, já mostrou alterações a partir dos 30 anos. Essa variação proteica precoce sugere que o sistema endócrino tem papel fundamental no envelhecimento.

Entre 45 e 55 anos, houve grandes mudanças na expressão de proteínas. A maioria dos tecidos apresentou aumento de componentes associados à inflamação e doenças degenerativas.

Os cientistas destacam a necessidade de estudos mais amplos, envolvendo populações diversas, para confirmar essas descobertas.

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