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sábado, 02/11/2024
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Procurador que espancou a chefe tem novo momento de fúria e quebra a pia da cela de isolamento

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Demétrius Oliveira Macedo foi preso por agredir a chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro (SP), em 20 de junho. Na Penitência de Tremembé (SP), ele já foi isolado em duas ocasiões, uma por se recusar a ficar na cela e outra por ter quebrado o vidro da porta.

Procurador Demétrius Oliveira, que espancou chefe teria quebrado pia e prato de alimentação em cela do isolamento na Penitenciária de Tremembé (SP) — Foto: Secretaria de Administração Penitenciária

O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, preso por agredir a chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39, na Prefeitura de Registro (SP), quebrou a pia e o prato de alimentação dentro da cela de isolamento, na Penitenciária de Tremembé, no interior de SP.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) encaminhou ao juiz da 1ª Vara de Registro um ofício para informar sobre a abertura de um procedimento disciplinar e de isolamento preventivo do detento.

O novo momento de fúria de Demétrius aconteceu na tarde de quarta-feira (16), na cela de isolamento, no pavilhão IV. Demétrius havia sido isolado pois, um dia antes, tinha quebrado a porta de cela com o estrado da cama.

Em documento obtido , o diretor técnico da Penitenciária disse ter sido informado sobre o ocorrido pelo zelador, e que se deslocou à Penitenciária, onde, ao perguntar para Demétrius o que tinha acontecido, ouviu do detento que ele quer ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) De Guarulhos (SP).

Demétrius, preso por ter agredido a chefe, quebrou pratos de alimentação no pavilhão de isolamento na Penitenciária de Tremembé (SP) — Foto: Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)
Demétrius, preso por ter agredido a chefe, quebrou pratos de alimentação no pavilhão de isolamento na Penitenciária de Tremembé (SP) — Foto: Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)

Tumulto na Penitenciária

Em 10 de novembro, Demétrius se recusou a ficar na cela e pediu para ir ao ‘castigo’ [lugar isolado] na Penitenciária de Tremembé. Sem acatar ordem para retornar à cela, acabou isolado temporariamente, e a SAP instaurou uma sindicância administrativa para apurar eventuais irregularidades no serviço público.

Tumulto na Penitenciária

Em 10 de novembro, Demétrius se recusou a ficar na cela e pediu para ir ao ‘castigo’ [lugar isolado] na Penitenciária de Tremembé. Sem acatar ordem para retornar à cela, acabou isolado temporariamente, e a SAP instaurou uma sindicância administrativa para apurar eventuais irregularidades no serviço público.

Tentativa de transferência de Demétrius

A defesa de Gabriela e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) tentam evitar que Demétrius seja transferido para uma sala separada.

Segundo apurado pelo g1, a solicitação para que Demétrius ficasse em uma sala de estado maior ocorreu em 28 de junho, junto com o pedido de revogação da prisão preventiva.

O advogado Marcos Modesto solicitou que, caso a revogação da prisão não fosse deferida, fosse garantida a prisão em sala de estado maior ou, se não estivesse à disposição, que cumprisse prisão domiciliar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) entende como sala de estado maior qualquer sala – e não cela, ou seja, sem grades ou portas fechadas pelo lado de fora – nas dependências de qualquer unidade, que ofereça condições adequadas de higiene e segurança. Um advogado possui esse direito, em se tratando de prisão provisória, antes do trânsito em julgado da sentença.

A Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP reivindicou a transferência de Demétrius para que ele deixe a Penitenciária em Tremembé e vá para uma sala junto à brigada da Polícia Militar – uma sala de estado maior, sem grades e portas trancadas por fora.

No pedido ao juiz, a OAB-SP disse que Demétrius está inscrito no quadro de advogados desde 28 de janeiro de 2011. A entidade informou que, embora ele tenha sido punido e impedido de exercer a profissão, a punição foi temporária e terminou em 25 de outubro.

Após a manifestação da OAB-SP, a procuradora-geral afirmou  que ficou surpresa e que considera o pedido incoerente. “Fiquei muito revoltada, muito indignada, na verdade. A sociedade não aceita mais esse tipo de privilégio para determinadas pessoas.”

A procuradora alega que a regra para a transferência para uma sala de estado maior só é justificada naqueles casos em que o advogado sofre alguma acusação. “Alguma represália no exercício da profissão dele. É para resguardar o exercício profissional e não para conceder privilégio para criminoso comum, como é o caso dele”, disse ela.

Agressor de procuradora foi notificado sobre abertura de processo administrativo — Foto: Reprodução

Agressor de procuradora foi notificado sobre abertura de processo administrativo — Foto: Reprodução

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