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quarta-feira, 12/02/2025

Operação mira grupo que aplicava golpe do leilão de veículos

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Operação mira grupo de São Paulo especializado em aplicar o golpe do leilão de veículos • MPSC

Suspeitos criavam sites idênticos aos verdadeiros; Ministério Público cumpre 15 mandados em cinco cidades de São Paulo

Na manhã desta segunda-feira (10), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deflagrou a operação “Last Bid” contra um grupo de São Paulo especializado em aplicar o golpe do leilão de veículos. As vítimas são catarinenses.

Os agentes cumprem 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP), Guarujá (SP), São Vicente (SP), Praia Grande (SP) e Mogi das Cruzes (SP). A Justiça ainda determinou o bloqueio de bens, ativos financeiros e criptoativos dos investigados até o limite de R$ 299 mil, valor correspondente ao prejuízo causado às vítimas.

A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) apoia a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).

A investigação é do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) e teve início em 2023, após um registro de atendimento na sede do Ministério Público em Caçador (SC).

A vítima que realizou a representação relatou a prática de crime de estelionato em plataformas virtuais falsas de leilão de veículos com preços abaixo do valor de mercado.

O esquema
Foi identificado pelo CyberGaeco que os criminosos criavam sites falsos, porém muito semelhantes aos sites oficiais de leilões de veículos, e utilizavam de ferramentas digitais, como anúncios patrocinados e informações privativas de órgãos oficiais, para atrair compradores e trazer credibilidade ao negócio.

Assim, após a realização do “arremate” e o recebimento de documentos que transpareciam veracidade, a vítima perdia o contato com os “administradores” do site e verificava que o carro, na verdade, pertencia a terceira pessoa alheia ao negócio.

Além disso, após o arremate, caso houvesse alguma reticência da vítima em efetuar de pronto o pagamento, os criminosos passavam à fase da coação e da ameaça, inclusive afirmando que as vítimas seriam presas e processadas criminalmente por não honrarem o arremate realizado em um site de leilão oficial do estado.

Somente em Santa Catarina, foram identificadas seis vítimas, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 300 mil, com indícios de que outras diversas pessoas também podem ter sido lesadas no Brasil.

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