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sexta-feira, 01/11/2024
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Lewandowski demite policial da PRF que ensinou tortura em vídeo

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Demissão foi por acusação de que o agente seria sócio de uma empresa, o que é proibido para a classe; servidor promete gravar novo vídeo fazendo revelações

Agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Ronaldo Bandeira foi demitido por ser sócio de empresa privada
Foto: Reprodução/X @soberanamemes

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu Ronaldo Braga Bandeira Júnior, membro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que apareceu em vídeo de 2022 ensinando tortura. A demissão, no entanto, não tem relação com o vídeo. Segundo portaria assinada por Lewandowski, a exoneração ocorreu porque Bandeira Júnior participou da gerência ou administração de sociedade privada, uma infração disciplinar para seu cargo.

Em suas redes sociais, Bandeira Júnior disse-se surpreendido pela punição. “Quando achei que tudo tivesse acabado e que, enfim, tudo estaria bem, fui surpreendido com a abertura de um processo de 2017/18 no qual era acusado de gerência de empresa”, escreveu.

A PRF não divulgou qual seria a sociedade privada da qual o ex-agente seria sócio. “Após muitas provas e diligências, havia sido também absolvido de forma ampla. Porém, após um pedido de reabertura (por qual motivo? Não sei!) conseguiram me demitir da instituição”, questiona Bandeira Júnior.

Por fim, o ex-policial faz ameaças. “Em breve farei um vídeo e falarei tudo o que sei e jogarei toda a merda no ventilador!”, escreveu.

Servidores públicos civis da União são proibidos de participar na gerência ou administração de empresas privadas, além do exercício de comércio, a não ser através da qualidade de acionista ou cotista.

A demissão ocorre três meses após Bandeira Júnior ter sido suspenso. Apesar de a corregedoria da PRF ter defendido a demissão por conta da tortura descrita no vídeo, o ministro Lewandowski suspendeu o agente por 90 dias.

No vídeo de 2022, o então policial rodoviário federal descreve como jogou spray de pimenta dentro de um porta-malas para “acalmar” um preso que estava quebrando a viatura. Segundo o relato, ao ouvir gritos de “estou morrendo”, o policial teria dito ao preso: “Tortura”.

 

 

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