Os locais escolhidos para instalação das placas são definidos a partir das demandas de cada região administrativa. A população também pode solicitar o serviço por meio da ouvidoria. “Feita a solicitação, o DER faz uma vistoria no local indicado; se confirmada a necessidade, damos prosseguimento à fabricação da placa. Uma vez pronta, ela é instalada pelas nossas equipes de apoio”, detalha Kenedy Brito, da Superintendência de Operações do DER.
Em 2023, o DER colocou 600 placas em diversas localidades do DF, superando R$ 475 mil em investimento. Até junho, haviam sido instaladas outras 150 sinalizações, sendo as mais recentes na Candangolândia.
Um dos endereços da região administrativa contemplados com a execução do serviço foi o Centro de Ensino Infantil (CEI). “Nos últimos quatro anos, a gente sempre enfrentou essa dificuldade. Era muito lixo espalhado, e isso ameaçava a saúde das nossas crianças”, destaca a diretora da unidade educacional, Maria Rosa Lima.
Partiu da Administração Regional da Candangolândia a solicitação ao DER para colocação da placa, o que foi prontamente atendido pelo departamento. “É um trabalho vital porque, às vezes, apenas a abordagem não funciona. Você precisa realmente ter algo mais visual, mais concreto, para que o cidadão, o morador possa respeitar as regras da cidade”, defende o administrador regional Marcos Paulo Alves.
Para a dona de casa Eliane Dias Mendes, 62 anos, tão importante quanto o serviço executado pelo governo é a conscientização da população sobre os riscos da prática. “É preciso educar as pessoas. Constantemente, vemos vizinhos jogando lixo na rua. Agora mesmo acabei de presenciar um descarte irregular”, narra.
Novas lixeiras
Outra ação desempenhada pelo GDF no combate ao descarte irregular é a instalação de lixeiras em áreas de recorrência da prática. Desde 2019, foram instaladas mais de 21 mil unidades, sendo 2,3 mil apenas no ano passado e outras quase 500 este ano.
O esforço se soma às diversas ações de conscientização ambiental desempenhadas pelo SLU junto à população do DF, exatamente para evitar que essas pequenas atitudes de descarte irregular de resíduos possam gerar grandes impactos para o meio ambiente.
“Fazemos várias ações de conscientização ambiental, mas poderíamos fazer mais, se não fosse o valor que gastamos hoje com varrição e coleta do descarte irregular”
Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU
“Fazemos várias ações de conscientização ambiental, mas poderíamos fazer mais, se não fosse o valor que gastamos hoje com varrição e coleta do descarte irregular. Isso poderia ser utilizado em outros projetos do governo em benefício da população, se não houvesse irresponsabilidade, crimes ambientais e descarte do lixo de maneira errada e em lugares indevidos”, afirma o diretor-presidente do SLU, Sílvio Vieira.
Uma das ações citadas por Vieira é o projeto Mobilização em Ação, que percorre as ruas da capital com vários mobilizadores ensinando sobre o descarte correto e a separação do lixo, assim como seu acondicionamento. O De Cara Nova é outra iniciativa voltada para a eliminação dos maiores pontos de descarte irregular por meio da limpeza, cercamento e reforma dessas áreas.
Há, ainda, a campanha Cartão Verde. Criado em 2020, o projeto já passou por dez regiões administrativas e distribuiu quase 8 mil cartões. Nesta ação, os garis atuam como “juízes”, e cabe a eles, no momento do recolhimento dos resíduos, adesivar os contêineres e lixeiras de casas e condomínios de acordo com a qualidade da separação dos resíduos.
Onde descartar
Além da coleta convencional, realizada pelos caminhões da SLU, o Distrito Federal conta, atualmente, com mais de 880 equipamentos públicos, entre papa-recicláveis, papa-entulhos e papa-lixos, espalhados por todas as regiões administrativas. O endereço de cada contêiner de recolhimento de resíduos, os dias e horários específicos das coletas estão disponíveis no aplicativo SLU Coleta DF, que pode ser baixado em sistemas iOS e Android.