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sexta-feira, 21/02/2025

Empresários do setor de sucatas sonegaram R$ 101 milhões em impostos

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Em operação nesta quarta-feira (19/2) foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão no DF, Goiás e Rio de Janeiro

A polícia identificou que a organização criminosa criava empresas “fantasmas” para substituírem as empresas reais na comercialização de sucatas e metais recicláveis – (crédito: Divulgação/PCDF)

Sócios de empresas do setor sucatas e metais foram alvos de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária da Polícia Civil (DOT/PCDF) em conjunto com a Receita do Distrito Federal, por estarem no centro de um esquema milionário de sonegação fiscal. Na manhã desta quarta-feira (19/2), foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e no Rio de Janeiro.

A polícia acredita que o grupo esteja atuando há cerca de 10 anos na capital federal. Até o momento, as dívidas ativas na Receita do Distrito Federal referentes aos valores sonegados chegam a R$ 101 milhões.

Os mandados judiciais foram cumpridos nas casas dos investigados, no DF, em Goiânia, Luziânia, Planaltina (GO) e no Rio de Janeiro. As ações em andamento têm o objetivo de consolidar e fortalecer as provas já reunidas, individualizando a participação de cada integrante da organização, bem como de viabilizar o ressarcimento dos valores sonegados ao Distrito Federal.

Participaram da operação aproximadamente 125 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, além de equipes da Receita distrital, e contou com o apoio das Polícias Civis dos Estados de Goiás e Rio de Janeiro.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação e uso de documentos falsos, além de lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Fraude de década

Os articuladores do esquema eram os sócios das empresas do setor de sucatas e metais para grandes indústrias. Além deles, outros suspeitos atuavam como operadores responsáveis pela constituição das empresas fantasmas, bem como contadores envolvidos na estruturação das fraudes.

A investigação revelou a existência de um grupo criminoso especializado na criação de empresas de fachada e fictícias, utilizando “laranjas” e “testas de ferro” para viabilizar um esquema de sonegação fiscal. A polícia identificou que a organização criminosa criava empresas “fantasmas” para substituírem as empresas reais na comercialização de sucatas e metais recicláveis, mecanismo esse que permitia que as empresas beneficiárias continuassem enquadradas no regime tributário que lhes garantia o pagamento reduzido de impostos.

Outro foco da apuração é rastrear o caminho percorrido pelos valores movimentados nas contas das empresas fraudulentas, a fim de identificar os verdadeiros beneficiários do esquema e mensurar os lucros ilícitos obtidos por cada investigado.

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