Foram apresentados ao presidente da República o desejo de construção de um hospital para atender a capital federal e Goiás e também de melhorias do transporte público
Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (27), os governadores apresentaram propostas de retomada econômica e grandes projetos regionais. No caso do Distrito Federal, em parceria com Goiás, foi falado sobre a construção de um hospital para atender a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) e também sobre a viabilidade de um transporte coletivo interurbano.
A sugestão do encontro partiu do próprio governo federal, o que os chefes do Executivo entenderam como uma abertura de diálogo para a retomada do pacto federativo.
“Há uma necessidade, sim, da fusão entre os dois estados [DF e Goiás], e, nesse entendimento de prioridades, está a criação de um arco viário para tirarmos esse trânsito enorme de caminhões entre as cidades, o que danifica o nosso asfalto. Temos também a criação de um hospital para atender a Ride, a construção de uma ferrovia e também de um transporte coletivo interurbano e não interestadual como é hoje”, pontuou a governadora em exercício, Celina Leão.
A pauta de obras prioritárias foi comunicada por representantes dos estados, divididos em blocos. No caso do DF, a composição é feita pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), formado também por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia.
Reequilíbrio fiscal
Na reunião com Lula, os governadores discutiram a necessidade de recomposição fiscal e um conjunto de obras prioritárias dos entes federativos.
“Os estados não podem esperar a reforma tributária para repor as perdas econômicas diante do que aconteceu no ano passado com as leis complementares”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Esses assuntos foram tratados previamente na primeira edição presencial do Fórum Nacional de Governadores, na quinta-feira (26), no Complexo Brasil 21, antes de serem levados aos ministros do governo federal.