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sexta-feira, 21/02/2025

De boca seca a cansaço: médicos apontam sintomas de desidratação

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Nova onda de calor atinge, principalmente, o centro-sul do país. Saiba quais são os principais sinais de desidratação em crianças e idosos

Com as mudanças climáticas, as ondas de calor têm se tornado cada vez mais frequentes, levando as temperaturas a ultrapassarem os 40°C em algumas regiões. O fenômeno, além de causar grande desconforto, representa sérios riscos à saúde, principalmente em grupos específicos.

A desidratação ocorre quando o organismo tem uma quantidade insuficiente de água, o que pode ser fatal sem o tratamento adequado. Enquanto o corpo humano consegue sobreviver por semanas sem alimento, a maioria das pessoas resiste apenas de dois a quatro dias sem água.

“Crianças e idosos correm mais risco de desidratação porque têm um sistema de regulação da temperatura e da quantidade de líquido do corpo mais frágil”, explica a nefrologista Flávia Gonçalves, do Hospital Sírio-Libanês em Brasília.

Segundo a médica, as crianças possuem maior quantidade de água corporal, mas não conseguem controlar bem a perda de líquido, o que as torna mais vulneráveis. Nos idosos, a falta de percepção da sede é um fator preocupante, aliado a possíveis doenças como alterações renais, o que dificulta a reposição adequada de líquidos.

Sintomas como boca seca persistente, irritabilidade, sonolência excessiva, diminuição do volume urinário e pele seca requerem atenção imediata nesses grupos. Casos mais graves podem incluir confusão mental, desorientação e, em crianças, choro persistente.

Confira 7 dicas para se manter hidratado em ondas de calor
Para adultos saudáveis, os sinais iniciais de desidratação são conhecidos, aponta o médico Wandyk Alisson, da Clínica Eclissée, em Balneário Camboriú. “Boca seca, pele ressecada, cansaço, tontura e redução no volume da urina são os sintomas mais comuns”, ensina.

Além da quantidade, a urina precisa apresentar uma coloração clara, que indicaria uma ingestão de água adequada. A falta de suor, que pode surgir em ambientes muito quentes e secos, também é um sinal de alerta. “Ao perceber esses sinais, é essencial buscar hidratação rapidamente e, se necessário, orientação médica”, aconselha Alisson.

Como se proteger da onda de calor
– Mantenha-se hidratado, bebendo água regularmente ao longo do dia.
– Procure ficar em locais ventilados e com ar-condicionado sempre que possível.
– Reduza o tempo de exposição ao sol, especialmente nos horários de pico.
– Prefira roupas leves e claras, que ajudam a manter o corpo fresco.
– Evite esforços físicos excessivos durante o calor intenso para não sobrecarregar o corpo.
– Opte por alimentos leves, frescos e ricos em água para ajudar na digestão e hidratação.

Qual é a quantidade ideal de água?
Para evitar a desidratação, as recomendações diárias são:

– Adultos: de 30 a 35 ml por quilograma de peso corporal, podendo aumentar de acordo com a atividade física e calor.
– Crianças: 1 a 1,5 litros diários, variando com a idade, sendo menor em bebês.
– Idosos: quantidade semelhante à dos adultos, mas é importante incentivar a ingestão regular, mesmo sem sede, devido à menor percepção da necessidade de beber.

Medidas para reverter a desidratação
Segundo Alisson, a reposição hídrica oral é a principal medida em casos de desidratação leve. “Beber água em pequenos goles e com frequência ajuda a repor o líquido perdido”, orienta o especialista. O uso de soluções de reidratação oral também é recomendado para equilibrar os eletrólitos.

Além disso, o médico aconselha buscar ambientes frescos e arejados para evitar mais perda de líquidos. Consumir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, também pode ajudar. “Se os sintomas persistirem ou piorarem, é essencial procurar atendimento médico”, alerta o médico.

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