De acordo com os interlocutores do jornal, as autoridades chinesas usarão meios diplomáticos, econômicos e até militares para que a viagem não seja realizada.
O jornal explica que o especialista se refere à Terceira Crise do estreito de Taiwan de 1995-1996, quando Washington enviou dois grupos de ataque de porta-aviões para a região para impedir que o Exército da China transformasse os exercícios de mísseis em uma verdadeira invasão de Taiwan.
Li acrescentou que as Forças Armadas dos EUA afirmaram que, se for necessário, poderiam implantar porta-aviões para escoltar Pelosi, mas o Exército chinês já tem dois porta-aviões em serviço, portanto, seria bastante arriscado para ambos os lados implantar tais navios nas vias marítimas navegáveis.
Por outro lado, Ni Lexiong, professor da Universidade de Ciências Políticas e Direito de Xangai, disse que a cada vez menor diferença dos potenciais militares entre Pequim e Washington tornou as autoridades chinesas mais assertivas e menos tolerantes às provocações e desafios dos EUA.
“Pequim tem bastantes meios para pressionar Pelosi a desistir de seu plano. Em termos de opções militares, por exemplo, o ELP poderia declarar uma zona de exclusão aérea e uma zona de navegação restrita para exercícios militares perto do estreito de Taiwan, forçando a aeronave de Pelosi a fazer um desvio se ela insistir em visitar Taiwan”, sugeriu Ni.
Ao mesmo tempo, o especialista aponta que Pequim prefere usar ferramentas diplomáticas para persuadir os EUA a cancelar a viagem de Pelosi.
Uma fonte militar disse ao jornal sob condição de anonimato que a visita de Pelosi poderia coincidir com o aniversário da fundação do ELP em 1º de agosto. Neste caso, o Exército chinês poderia iniciar exercícios militares de larga escala no estreito de Taiwan com grande número de navios de guerra e aeronaves.