Segundo o TJSC, casal de pretendentes iniciou o processo de aproximação da jovem e da bebê dela de pouco meses. Caso é considerado inédito na região.
Uma jovem com um filha bebê pode ser adotada em breve em Araranguá, no Sul catarinense. Com isso, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), os pretendentes podem se tornar pais e avós ao mesmo tempo.
A assistente social Roberta Cecília da Silveira, da comarca do município, diz que desconhece outra situação de adoção com essas características na região.
“Além da adoção da adolescente, há o bebê, o que torna o processo ainda mais complexo. A família precisa estar preparada e entender o papel de cada um nessa nova formação familiar. Os papéis de pai e mãe e de avô e avó”, explicou.
O TJSC divulgou, na última semana, que o casal de pretendentes iniciou o processo de aproximação da jovem e da bebê dela de pouco meses.
A vinculação entre o casal e a adolescente, segundo a assistente social, tem progredido de forma positiva. É no período de aproximação, ela explica, que elementos subjetivos na criação do novo vínculo são avaliados.
“Neste estágio, os adotantes e adotados vão se reconhecendo como pais e filhos, são esses sinais de vinculação que analisamos, como demonstram a vontade de estarem juntos, por exemplo.” Após identificar que é hora de avançar a etapa, o estágio de convivência é iniciado.
Segundo a servidora, a atuação do Judiciário e do serviço social tem que ser ainda mais presente por ser uma situação peculiar.
Caso incomum
A juíza Aline Mendes de Godoy comenta que é reduzido o número de pretendentes que aceitam adotar adolescentes, sobretudo quando eles têm filhos.
“Apesar de termos vários adolescentes e grupos de irmãos aptos para adoção, são poucos os casos de adoção tardia registrados na comarca. Com certeza esse caso renova nossas esperanças porque é uma família que decidiu mudar sua história”, afirma.