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quarta-feira, 27/11/2024
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Biden deve anunciar que não vai concorrer à reeleição para salvar seu partido, diz político dos EUA

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O presidente norte-americano deve anunciar que não vai concorrer à reeleição a fim de ajudar o Partido Democrata nas eleições de meio de mandato, previstas para novembro, afirmou Steven Isenberg, chefe do gabinete do ex-prefeito de Nova York, John Lindsay.

© AP Photo / Evan Vucci
Na semana passada, uma pesquisa organizada pela Universidade Quinnipiac revelou que 71% dos norte-americanos afirmaram não querer que o atual presidente Joe Biden concorresse à reeleição em 2024. Só 24% se expressaram a favor da sua reeleição.
Em artigo para o The Washington Post, Isenberg explica por que Biden deve tomar “de imediato” a decisão de ficar só com um mandato presidencial a fim de “salvar as eleições de meio de mandato”.
“Antes de mais nada, sendo isso o mais importante, as eleições de meio de mandato, previstas para novembro deste ano, vão ser dedicadas a questões-chave e à validade de certos candidatos para a Câmara dos Representantes e o Senado, em vez de vitórias da presidência de Biden e a opinião dos eleitores sobre se querem a sua reeleição ou não”, salientou o político.
Segundo Isenberg, caso o 46º presidente norte-americano não anuncie a falta de intenção de ser reeleito, pode fortalecer a chamada “campanha silenciosa” dos próprios democratas contra Biden.
Para provar o seu ponto de vista, o autor do artigo refere-se à popularidade do presidente, revelada pelas pesquisas de opinião, que tem reduzido de forma significativa.
Assim, Steven Isenberg avisa que Biden, “que ainda mantém a perspectiva de ser reeleito para o segundo mandato”, pode provocar certas preocupações relacionadas ao fato de um homem de 79 anos ser considerado por muitos como “pato manco”, sem intensidade alguma – “mais velho, mais frágil e menos convincente – mesmo que possa falar coisas corretas”.
O político, que antes foi colunista do New York Newsday, afirma que, se Biden decidir ficar só com um mandato, vai fortalecer a sua agenda, “selecionando questões indesejáveis [nas eleições de meio de mandato], que possam minar a confiança dos eleitores”.
Nas vésperas, mais de 70% de entrevistados afirmaram não querer que Biden concorresse à reeleição para a Casa Branca em 2024, em comparação com 60% de quem se opôs à candidatura de Donald Trump à presidência em 2024.
O presidente dos EUA, Joe Biden, participa da Cúpula de Segurança e Desenvolvimento de Jeddah (GCC + 3) em um hotel na cidade costeira de Jeddah, no mar Vermelho, Arábia Saudita, 16 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.07.2022
Além disso, o artigo cita os dados da pesquisa, organizada pela Reuters e Ipsos, de acordo com a qual o índice de aprovação de Biden caiu para 36%, o que constitui recorde pessoal.
Antes da pesquisa de opinião, o jornal norte-americano The New York Times avisou que o presidente, que atualmente tem 79 anos, “está testando os limitares da idade e presidência”, lembrando que passado um ano e meio do seu mandato Biden é mais velho em um ano do que Ronald Reagan, que na época era o homem mais velho a ser empossado como presidente dos Estados Unidos, tinha no fim dos seus dois mandatos consecutivos.
Em meados de junho, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confirmou os planos de Biden de se reeleger.
“Como já sabem, o presidente várias vezes tem sido perguntado sobre isso, sendo a sua resposta muito fácil: vai concorrer à reeleição. Não posso dizer nada mais”, afirmou.
Joe Biden tem repetidamente sido zombado por uma série de deslizes cometidos ao longo da sua carreira política, que conta com mais de cinco décadas. O próprio presidente norte-americano confessou ainda em 2018 que era uma “máquina de deslizes”, o que foi demonstrado depois, quando o líder norte-americano confundiu os iranianos com os ucranianos, a Suíça com a Suécia (referindo-se à adesão da Suécia à OTAN) e por acaso leu uma parte do seu discurso previamente escrito com as palavras “fim da frase, repita a linha”.
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