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sábado, 02/11/2024
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A pior inflação do mundo: o país onde os preços dobravam a cada 15 horas

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O país europeu já esteve nas garras da pior inflação já registrada. No auge, ela chegou a 41.900.000.000.000.000%.

Cédula de cem trilhões de pengős, emitida na Hungria em 1946, a maior já emitida — Foto: Getty Images

Quando o poeta e romancista Gyorgy Faludy voltou à Hungria em 1946, após uma ausência de 8 anos, encontrou um país completamente dilacerado pela guerra.

Budapeste, a capital onde ele nasceu e cresceu, era uma cidade de escombros, pontilhada de cadáveres parcialmente enterrados e esqueletos de edifícios.

Mas houve outras mudanças menos visíveis.

Pouco depois de seu retorno, sua editora pagou-lhe por uma nova edição de um de seus livros 300 bilhões de pengös, a moeda da época.

Parece uma quantia enorme, mas tudo o que ele conseguiu comprar foi um frango, dois litros de óleo e alguns vegetais. E se tivesse esperado até a tarde, já não seria o suficiente nem para isso.

Assim como outros países europeus, a Hungria sofria com as consequências da Segunda Guerra Mundial, na qual, inicialmente, havia estado fortemente ao lado do Eixo, participando inclusive do ataque de 1941 à União Soviética.

Em 1942, prevendo que a Alemanha perderia a guerra, seus líderes iniciaram negociações secretas com os Aliados. O resultado, no entanto, foi que Adolf Hitler descobriu os contatos e, em março de 1944, invadiu o país e instaurou uma administração pró-nazista.

“A terrível consequência disso foi que 437 mil judeus húngaros foram deportados para Auschwitz”, diz László Borhi, presidente da Peter A. Kadas e professor da Escola Hamilton-Lugar da Universidade de Indiana, EUA.

“Depois disso, a Hungria se tornou um campo de batalha entre a URSS e a Alemanha.”

E Budapeste vivenciou um dos maiores cercos da guerra.

O resultado

No final do conflito, a economia do país estava em frangalhos.

Os alemães levaram cerca de US$ 1 bilhão em mercadorias e commodities para fora do país.

Metade de sua capacidade industrial foi destruída e, do que restou, 90% tinha danos.

A maioria das ferrovias e locomotivas foi destruída. O que tinha uso foi tomado por nazistas ou soviéticos. Todas as pontes sobre o rio Danúbio em Budapeste estavam fora de serviço, assim como a maioria de suas estradas.

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