Alexandre Oliveira de Almeida, de 43 anos, foi preso durante a Operação Iluminado, acusado de ser peça-chave em um esquema de venda de drogas nas proximidades do Posto da Torre, próximo à Torre de TV, no Distrito Federal.
As investigações da 5ª Delegacia de Polícia revelaram que Alexandre entregava entorpecentes no local. Como vigilante, ele não despertava suspeitas das autoridades.
O traficante Tiago Ribeiro da Silva comandava a operação com rigor e era preso na mesma ação que levou o vigilante à detenção. Tiago, que circulava armado e controlava seus subordinados, possui um histórico criminal extenso.
O tráfico ocorria principalmente nas primeiras horas da madrugada, após o fechamento das bombas de combustível. O Posto da Torre, conhecido nacionalmente por sua ligação com a Operação Lava Jato, se tornava ponto de encontro para usuários de drogas, garotas de programa e traficantes.
Alexandre trabalhava no local até alguns meses antes da operação e não há indícios de envolvimento da administração do posto no esquema. Ele foi dispensado antes das prisões.
A ação da polícia incluiu cumprimento de mandados de busca em residências no Guará e Santa Maria, resultando na apreensão de drogas, anabolizantes, dinheiro, balanças e outros equipamentos usados no tráfico.
O Posto da Torre pertence a Carlos Habib Chater, condenado a mais de dez anos de prisão por crimes financeiros. Sob sua gestão, o posto expandiu suas atividades com bares e lojas.
Durante investigações da Polícia Federal, o local foi identificado como um centro de lavagem de dinheiro, movimentando milhões entre 2007 e 2014, com comprovantes de transações em centenas de contas bancárias. Uma casa de câmbio ligada ao posto também foi apontada como envolvida em operações ilegais.