O Congresso dos Estados Unidos aprovou um grande projeto de lei do governo de Donald Trump que estende e amplia cortes tributários iniciados em 2017, aumentando a dívida americana em trilhões de dólares e reduzindo significativamente os gastos com saúde e outros setores sociais.
O déficit público previsto aumentará além do Produto Interno Bruto do Brasil em 2024, com cortes fortes no sistema de saúde, pensões, educação e trabalho, além da eliminação de políticas ambientais e de energia implementadas durante a gestão de Joe Biden.
Denominado por Trump como um projeto grandioso, o texto também eleva os gastos militares e reforça medidas rigorosas contra a imigração via aumento do orçamento em segurança interna.
Especialistas do Comitê para um Orçamento Federal Responsável, baseados em dados oficiais, indicam que a aprovação foi apertada, com o voto decisivo do vice-presidente J.D. Vance. A legislação é a mais destacada do segundo mandato do presidente republicano.
Donald Trump afirmou que o projeto impulsionará a economia e criará empregos ao reduzir os impostos, prevendo um renascimento econômico sem precedentes no país.
Entretanto, membros do Partido Democrata criticam o impacto negativo sobre os mais pobres e usuários do Medicaid, destacando o discurso longo do líder democrata Hakeem Jeffries que defendia a proteção dos direitos dos trabalhadores ao sistema de saúde.
O projeto também reduz benefícios sociais como vale-alimentação, educação e assistência trabalhista, o que pode levar ao fechamento de hospitais rurais e afetar consideravelmente as comunidades mais vulneráveis.
Quanto à dívida pública, a medida significa um acréscimo bilionário nos próximos dez anos, elevando a dívida de 100% para 127% do PIB americano.
O governo aposta que a redução de impostos beneficiará diversos setores, incluindo comunicação, indústria, transporte, hotelaria, finanças, petróleo, aço e agricultura, com apoio de líderes empresariais que veem a legislação como um impulsionador da competitividade e inovação.
No setor ambiental, o projeto revoga subsídios a veículos elétricos e energia renovável, priorizando a exploração de petróleo, o que tem sido criticado por professores e especialistas ambientais, enquanto representantes da indústria petrolífera celebram a nova era de expansão energética.