Em uma inesperada mudança, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no domingo (16/11) que apoia a votação no Congresso para tornar públicos documentos confidenciais ligados ao caso de Jeffrey Epstein. Epstein, acusado de tráfico sexual de menores e associação criminosa, morreu por suicídio na prisão em agosto de 2019, antes do seu julgamento.
Documentos antigos indicam que Trump tinha conhecimento das atividades ilegais de Epstein, gerando constrangimento no Partido Republicano. Em uma das mensagens, afirma-se que Trump, então amigo de Epstein, passou horas em sua residência com uma menor envolvida na rede de tráfico.
O assunto foi divulgado em jornais franceses, que destacaram o impacto do caso na Casa Branca. Em sua rede social Truth Social, Trump afirmou que apoia a votação na Câmara dos Representantes para liberar os documentos secretos sobre Epstein, justificando que não há nada a esconder e criticando a oposição.
A Câmara avalia um projeto de lei para obrigar o Departamento de Justiça dos EUA a divulgar o dossiê Epstein por completo. Embora a maioria dos parlamentares já se preparasse para votar a favor da divulgação, o apoio de Trump representa uma mudança significativa.
O deputado republicano Thomas Massie, que defende a divulgação, é uma figura importante do partido na luta pela liberdade de expressão. Contudo, para que o projeto seja válido, ele precisa passar também pelo Senado e ser sancionado pelo presidente.
Jeffrey Epstein, com a ajuda da cúmplice Ghislaine Maxwell, levava menores às suas casas em Nova York e na Flórida. Maxwell está cumprindo uma pena de 20 anos por exploração sexual.
Parte da população dos EUA acredita que Epstein foi assassinado para proteger pessoas influentes envolvidas. Trump garante que desconhecia as práticas de Epstein. Durante sua campanha, prometeu revelar informações, mas diante de suspeitas, tentou frear as investigações.
Trump considera que a pressão para divulgar os documentos é uma manobra dos democratas para prejudicá-lo politicamente, similar às acusações de ligação com a Rússia em 2016. Segundo ele, Epstein tinha ligação com os democratas e o caso é um problema deles, não dos republicanos.