11.5 C
Brasília
domingo, 13/07/2025

Tribunal mantém sentença contra PMs envolvidos em esquema ilegal de transporte

Brasília
céu limpo
11.5 ° C
11.5 °
10.6 °
87 %
1kmh
0 %
dom
24 °
seg
24 °
ter
26 °
qua
27 °
qui
26 °

Em Brasília

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) confirmou a punição de cinco policiais militares que eram suspeitos de extorquir motoristas de transporte clandestino nas áreas do Paranoá e Itapoã para evitar a aplicação de multas. A prisão deles ocorreu em setembro de 2018, e quatro foram expulsos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Estes policiais expulsos são os soldados Leandro Gomes da Silva e os sargentos Fernando Nonato da Silva, Ricardo Wagner Borges Caland e Valdemir Quirino dos Santos. O major Nelimar Nunes de Sousa ainda aguarda decisão judicial.

Os advogados dos militares recorreram pedindo esclarecimentos sobre a sentença, alegando falta de provas técnicas, erros na documentação e generalização das acusações, entre outras questões.

Entretanto, a 1ª Turma Criminal do TJDFT concluiu que a decisão inicial não apresenta falhas. Conforme afirmou a desembargadora Leila Arlanch em 28 de maio: “O descontentamento da parte com a decisão não é motivo para alteração dos embargos quando os pontos foram devidamente analisados”.

As defesas planejam tentar reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O advogado Dr. Renato Araújo, representante do major Nelimar, afirmou que a Justiça respeitou os preceitos constitucionais ao mantê-lo na corporação, destacando que a ausência de condenação penal definitiva impediu o andamento da representação contra ele.

Segundo a acusação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), os cinco policiais recebiam propina dos motoristas para que estes não fossem multados. Aqueles que se recusavam a pagar eram fiscalizados com rigor e tinham seus documentos retidos, enquanto os que pagavam circulavam sem problemas.

Os envolvidos, Nelimar Nunes de Sousa, Ricardo Wagner Borges Caland, Fernando Nonato da Silva, Valdemir Quirino dos Santos e Leandro Gomes da Silva, ganhavam até R$ 30 mil mensais com essa prática ilegal.

Durante a investigação, interceptações telefônicas e outras provas revelaram que o major Nelimar de Sousa, líder do grupo, envolveu alguns civis para ajudarem na arrecadação de dinheiro. Entre eles estavam Luiz Marcos Rodrigues Saúde, Evandro Nascimento da Silva, Gilmar Braga Damasceno, Mário Pereira Neves, Mauro Edson Alves da Silva, Ronaldo Ferreira da Silva, além de Fábio e Lívio, identificados apenas pelo primeiro nome.

Estes intermediários atuavam junto aos motoristas clandestinos, cobrando cerca de R$ 150 por semana por cada veículo, repassando os valores aos policiais militares envolvidos no esquema.

Veja Também