SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O governo do estado de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (13) a confirmação do primeiro registro de influenza aviária no ano de 2025.
O caso identificado envolveu uma ave silvestre migratória, que não estava em uma granja e não era utilizada para fins comerciais ou alimentícios.
Segundo informações da Secretaria de Agricultura, o animal pertence à família das Marrecas-caneleiras (Dendrocygna bicolor) e foi encontrado no centro de Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
“A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento agiu prontamente para isolar a ave, que foi submetida a exames com coleta de amostras. O animal estava apático e apresentava dificuldades para voar, além de sintomas respiratórios e neurológicos”, afirmou a secretária em comunicado divulgado no sábado (14).
Por se tratar de uma ave selvagem, não há necessidade de embargo nas exportações de carnes e ovos da região. Portanto, os status sanitários do estado de São Paulo e do Brasil permanecem inalterados perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O governo garante que não há risco para a população nem impacto negativo na agricultura.
A Defesa Agropecuária informou que não existem estabelecimentos avícolas comerciais num raio de dez quilômetros do local onde a ave foi encontrada. Serão realizadas ações de vigilância epidemiológica na área para identificar possíveis mortes ou sintomas similares da doença em outras aves da região.
Os agentes de segurança recomendam que não se toque em aves que apresentem sinais de influenza aviária. O consumo de aves e ovos é seguro e não transmite a doença; o risco está no contato direto com os animais infectados.
“A infecção em humanos ocorre principalmente por meio do contato direto com aves contaminadas. Assim, aves enfermas ou mortas não devem ser manuseadas sem o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), e a Defesa Agropecuária deve ser comunicada imediatamente diante de suspeitas ou de identificação de aves mortas”, alertou a secretária.
Além disso, na sexta-feira (13), o governo de Goiás confirmou um surto de gripe aviária em uma criação com cem galinhas domésticas em Santo Antônio da Barra. No Pará, as autoridades aguardam os resultados de exames feitos em uma ave que faleceu no Parque Zoobotânico por complicações respiratórias.
Para denúncias e informações sobre suspeitas, a população pode acessar os canais oficiais da Defesa Agropecuária e da Secretaria de Agricultura.