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segunda-feira, 14/07/2025

Queda nos preços da indústria cresce 1,29% em maio, maior desde 2023

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Os preços da indústria nacional registraram uma queda de 1,29% em maio, acentuando a desaceleração em comparação a abril, quando a queda foi de 0,12%. Essa é a quarta diminuição consecutiva após 12 meses seguidos de alta, entre fevereiro e dezembro de 2024.

Esse foi o declínio mais significativo em 2025 e o maior desde junho de 2023, quando os preços da indústria caíram 2,72%.

Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 4 de julho de 2024. No mês de maio, a variação mensal foi de 0,36%.

Considerando os últimos 12 meses, o IPP apresenta alta acumulada de 5,78%. No acumulado do ano até maio, a queda foi de 1,97%, a segunda maior retração nos cinco primeiros meses desde o início da série histórica da pesquisa, em 2019. O maior declínio foi registrado em maio de 2023, com 3,84%.

O que é o IPP

O Índice de Preços ao Produtor mede a média da variação dos preços dos produtos na saída da fábrica, sem incluir impostos e custos de frete, abrangendo 24 segmentos das indústrias extrativas e de transformação.

Esse índice acompanha a evolução dos preços ao longo do tempo, indicando as tendências inflacionárias de curto prazo no país.

Para calcular o índice, foram monitoradas cerca de 2.100 empresas, avaliando os preços recebidos pelos produtores, isentos de impostos, tarifas e fretes, conforme as práticas comerciais mais comuns.

Mensalmente, são coletados aproximadamente 6.000 preços, segundo o IBGE.

Em maio, 17 das 24 atividades industriais apresentaram variações negativas de preço em comparação ao mês anterior.

Murilo Alvim, gerente do IPP, comentou que o índice mostra uma tendência de queda disseminada por uma grande parte da indústria. Ele destacou que a diminuição nos preços de diversas commodities e a desvalorização do dólar contribuem para a redução dos custos em vários setores.

Setores que influenciaram o resultado de maio

  • Alimentos (0,34 ponto);
  • Refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 ponto);
  • Outros produtos químicos (-0,26 ponto);
  • Metalurgia (-0,23 ponto).

De acordo com Alvim, a queda nos preços do setor alimentar foi causada pela redução dos valores de commodities como a cana-de-açúcar e a soja, ambas em período de colheita, o que gera um aumento na oferta desses produtos.

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