13.5 C
Brasília
quarta-feira, 16/07/2025

PT realiza eleição interna em meio a indefinições

Brasília
céu limpo
13.5 ° C
13.5 °
11.1 °
72 %
0kmh
0 %
qua
26 °
qui
27 °
sex
29 °
sáb
29 °
dom
24 °

Em Brasília

O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promove neste domingo (6/7) o primeiro turno da eleição direta (PED). Mais de 2 milhões de filiados irão votar para escolher as novas direções municipais, estaduais e nacional da legenda para os próximos quatro anos.

O principal candidato para substituir Gleisi Hoffmann na presidência nacional do PT, após quase oito anos no cargo, é o paulista Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara por quatro mandatos.

Ele conta com o apoio de figuras importantes do partido, como o próprio presidente Lula, a ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Além dele, há outros três concorrentes com pouca chance de avançar para o segundo turno:

  • Rui Falcão, deputado federal por São Paulo e ex-presidente do partido;
  • Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais;
  • Valter Pomar, historiador.

Como será a votação

  • O voto será das 9h às 17h nos diretórios municipais em todo o país;
  • Serão escolhidos presidentes nacional, estaduais, municipais e zonais;
  • O resultado pode ser divulgado apenas na segunda-feira, pois a apuração inicia após as 17h de domingo;
  • Filiados que residem no exterior poderão votar para a presidência nacional.

Conflitos e discordâncias

Nas unidades federativas, a disputa tem apresentado maior complexidade, com acusações entre candidatos aumentando a tensão, especialmente às vésperas do ano eleitoral. Muitos estados evidenciam divisões internas.

Um exemplo é Minas Gerais, que teve uma reviravolta na última semana. Atualmente, quatro disputam o cargo: Dandara Tonantzin, Esdras Juvenal, Juanito Vieira e a deputada estadual Leninha.

A deputada federal Dandara Tonantzin teve sua candidatura suspensa pelo diretório nacional devido a uma dívida partidária de cerca de R$ 130 mil, mas uma decisão judicial permitiu que ela continue na disputa. Ela afirma que realizou o pagamento dentro do prazo, com comprovação bancária, e conta com o apoio do presidente estadual do PT, deputado estadual Cristiano Silveira, e do deputado federal Reginaldo Lopes.

No Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, o cenário está igualmente disputado, com cinco e seis candidatos respectivamente.

Na terra natal da ex-presidente do partido Gleisi Hoffmann, o Paraná, a ministra apoia o atual presidente estadual do PT, deputado estadual Arilson Chiorato. Outro candidato é o deputado federal Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu.

No Espírito Santo, a disputa principal é entre a deputada federal Jack Rocha e o deputado estadual João Cóser, ex-prefeito de Vitória, apoiado pela ex-ministra Iriny Lopes.

Na Bahia, o ministro da Casa Civil Rui Costa apoia Jonas Paulo, enquanto o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, apoia Tássio Brito.

No Rio de Janeiro, concorre o deputado federal Reimont, respaldado por parlamentares como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias. Em oposição, o prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, lançou seu filho Diego Zeidan para a presidência estadual.

Essas disputas refletem visões distintas dentro do partido sobre a direção que o governo Lula deve tomar na campanha presidencial do próximo ano. Além disso, antecipam as contendas para candidaturas nas eleições gerais de 2026, incluindo senadores e alianças partidárias.

Veja Também