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segunda-feira, 01/12/2025

Professor de direito do RS é acusado pela polícia por crimes sexuais

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Folhapress

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul solicitou o indiciamento do advogado Conrado Paulino da Rosa, que foi professor na Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), por envolvimento em crimes sexuais.

Durante a investigação foram ouvidas 18 testemunhas que acusam Conrado de atos como estupro de vulnerável, violência psicológica e possíveis abusos com uso de substâncias químicas. As acusadoras incluem ex-alunas e colegas do advogado, e os fatos ocorreram entre 2013 e 2025.

A defesa de Conrado foi contatada, mas até o momento não comentou sobre o indiciamento. Em outras ocasiões, os advogados dele afirmaram estar seguros da “inexistência de fatos penalmente relevantes”.

Além das 18 testemunhas, foram ouvidas outras 16 pessoas durante os três meses de investigação, com perícias e exames médicos realizados. A Polícia Civil informou que uma 19ª suposta vítima preferiu não depor.

Quando a investigação tornou-se pública em 19 de setembro, o número de acusadoras, que antes era cinco, subiu para 13 em menos de uma semana. Conrado foi afastado da FMP e passou a cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com as vítimas e restrição de saída noturna.

No dia 26 de setembro, ele foi preso preventivamente após a delegada responsável pelo caso, Fernanda Campos Hablich, relatar que as denunciantes tinham medo de depor por receio de retaliação.

Conrado foi liberado da Penitenciária Estadual de Canoas em 21 de outubro, retornando ao uso da tornozeleira eletrônica.

A delegada explicou que os depoimentos mostram que Conrado aproveitava a confiança no ambiente acadêmico e profissional para praticar abusos.

“Não houve uma pressão clara, mas o medo de sofrer danos na carreira se recusassem era grande”, afirmou Fernanda.

As vítimas relataram casos de sexo violento, abuso e violência psicológica, com comentários que diminuíam a capacidade profissional e intelectual das mulheres.

Algumas também contaram episódios de sonolência súbita e perda de memória, atribuídos a medicamentos e suplementos fornecidos por Conrado.

A defesa criticou o pedido de prisão, chamando-o de exagerado, e disse que teve dificuldades para acessar os documentos do inquérito.

Além disso, exames toxicológicos feitos nos medicamentos apreendidos na casa de Conrado não detectaram substâncias ilícitas, assim como um exame toxicológico capilar.

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