O Plano Piloto é a segunda região administrativa mais populosa do Distrito Federal e possui a sexta maior renda da capital federal, conforme dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), divulgada ontem (3) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A renda domiciliar mensal é de R$ 12.742 (equivalente a 17,6 salários mínimos), atrás somente do Lago Sul, Park Way, Sudoeste, Jardim Botânico e Lago Norte, respectivamente.
A empregabilidade no serviço público e o acesso à educação são os principais destaques do perfil dos moradores do Plano Piloto. 47,2% dos trabalhadores atuam em órgãos federais ou no GDF. Além disso, 53,34% dos 221,2 mil habitantes têm nível superior e apenas 0,36% são analfabetos, sendo este índice menor que o 0,38% registrado em 2011.
“O patamar de escolaridade é elevado no Plano Piloto e aumentou nos últimos dois anos. Mais de 70% dos chefes de família tem nível superior completo. A cidade também se destaca pelo índice zero de crianças entre 7 e 14 anos fora da escola nas asas Sul e Norte”, destacou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya. Do total de estudantes, as instituições particulares recebem a maior parte dos alunos (29.733), já as escolas públicas têm matriculados 21.564 alunos.
A maior parte da população é constituída por imigrantes (64,87%). A faixa etária da população está entre 25 e 59 anos, cujo percentual é de 26,73%. Já as pessoas acima de 60 anos somam 23,69%, quase o dobro do percentual de crianças de zero a 14 anos, que representam 12,55%. “Um fato importante que observamos nessa pesquisa foi a taxa de crescimento anual da população, que registrou 1,8%, número abaixo da média. Isso ocorre porque o Plano Piloto possui uma população fixa, composta em maioria por imigrantes que até hoje residem no mesmo local”, analisou.
O número de domicílios urbanos estimados é de 78.601 e 80% da população mora em apartamentos. A maior parte dos moradores se concentra nas asas Sul e Norte, com 120.244 mil moradores na primeira parte e 83.214 na segunda. Outros 18 mil residem em áreas como o Setor Militar Urbano e nas vilas Planalto, Telebrasília e Weslian Roriz, totalizando 221,2 mil moradores.
Ocupação
Do total de moradores, 89,17% trabalha na própria região, sendo que a grande maioria empregados no serviço público. O comércio abriga 11,83% dos empregados e os serviços gerais concentram 8,99% da população.
Todos os entrevistados afirmaram fazer compras a própria região, assim como participam de eventos culturais, lazer e alimentação fora de casa. A alta renda das famílias influencia a baixa necessidade do uso da saúde pública.
No Plano Piloto, 84,44% possuem plano de saúde e 74,68% não fazem uso deste tipo de serviço. Os beneficiários de programas sociais são quase imperceptíveis, se comparados com regiões menos favorecidas. Apenas 143 moradores recebem Bolsa Família e 329 são contemplados com o programa Bolsa Universitária.
Cidade planejada
O atendimento de serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e eletricidade são praticamente universalizados no Plano Piloto. Apenas 0,04% das residências têm poço artesiano.
Para o presidente da Codeplan, essa situação é mais favorável no Plano Piloto por sua idade e ocupação planejada. “Brasília não nasceu de uma ocupação e isso faz com que se consolide o acesso a serviços básicos e não exista demora em tê-los universalizados. O crescimento populacional é abaixo da média em toda a unidade da federação, que faz com que a região ofereça uma das melhores qualidades de vida do DF”, avaliou.
Fonte: Alô