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sexta-feira, 11/07/2025

ONU afirma que instalações nucleares não devem ser alvo de ataques no Irã

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Os atentados realizados por Israel em instalações nucleares no Irã têm gerado grande preocupação na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas (ONU). Nesta sexta-feira (13), a agência ressaltou os perigos potenciais decorrentes do vazamento de materiais radioativos, que podem causar danos severos não apenas ao Irã, mas a toda a região circundante.

Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da organização, afirmou que instalações nucleares são absolutamente proibidas de serem atacadas, não importando o cenário ou as motivações, pois tais ações prejudicam tanto a população quanto o meio ambiente. Estes incidentes acarretam sérios riscos à segurança, proteção e às salvaguardas nucleares, assim como à estabilidade e segurança regionais e globais.

A unidade de enriquecimento de urânio de Natanz no Irã foi atingida pelos bombardeios israelenses, conforme divulgado pela agência, embora não tenham sido detectados níveis alarmantes de radiação no local.

Rafael Grossi também destacou que resoluções da Conferência Geral da AIEA estabelecem que qualquer agressão armada ou ameaça contra instalações nucleares destinadas a fins pacíficos representa uma infração aos princípios da Carta da ONU, do direito internacional e do Estatuto da Agência.

Ele enfatizou que ataques a essas instalações podem provocar a liberação de material radioativo com efeitos devastadores tanto dentro quanto além das fronteiras do país afetado.

Recentemente, no dia 12 de maio, o Conselho de Governadores da AIEA aprovou uma resolução afirmando que o Irã não cumpriu as obrigações de salvaguarda, que permitem à agência verificar que as instalações nucleares não são usadas para o desenvolvimento de armas atômicas.

Em resposta, Israel realizou ataques que danificaram as instalações e fábricas de armamentos no Irã, resultando na morte de altos militares e cientistas do país. O Irã prometeu retaliar, intensificando a tensão no Oriente Médio.

Israel sustenta que Teerã está desenvolvendo bombas nucleares que ameaçam sua segurança, enquanto o Irã nega e afirma que sua tecnologia atômica é usada exclusivamente para propósitos pacíficos, como geração de energia. Além disso, Israel é um dos poucos países que não aderiram ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Por sua vez, o Irã é signatário do TNP e nega ter descumprido acordos com a AIEA. Segundo Teerã, a agência conduz uma campanha politicamente motivada, influenciada por Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, sob influência de Israel.

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