Durante a madrugada de domingo (15/6), no horário local (noite em Brasília), o Irã lançou uma nova ofensiva contra Israel, com mísseis atingindo áreas próximas à capital Tel Aviv. Conforme informações da mídia estatal israelense, três pessoas perderam a vida e cerca de 100 ficaram feridas nessa investida. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que os ataques foram realizados com mísseis e drones originados do Irã e do Iêmen.
Essa nova série de ataques ocorre logo após as forças israelenses relatarem terem atingido instalações de projetos nucleares iranianos, incluindo o Ministério da Defesa do país persa. No início dos confrontos, ambos os lados trocaram ataques que resultaram na morte de ao menos quatro membros de uma mesma família em Haifa, no norte de Israel.
Irã respondeu com disparos de mísseis, provocando explosões audíveis em Tel Aviv e Jerusalém. A Guarda Revolucionária do Irã declarou que suas operações se intensificarão em caso de continuidade das agressões.
Relatórios preliminares apontam impactos de mísseis e fragmentos no centro de Israel, com possível dano direto em edifícios em Rehovot, Tel Aviv e em um centro comercial na cidade de Kiryat Ekron.
Contexto das hostilidades
O Irã e Israel já estão no terceiro dia consecutivo de ataques aéreos mútuos. Durante o sábado (14/6), as ofensivas miraram campos de petróleo e gás, além do Ministério da Defesa iraniano. Israel confirmou ao menos seis mortes e 100 feridos.
O grupo de direitos humanos HRANA informou que as ações israelenses no Irã desde sexta-feira causaram 215 mortes e cerca de 700 feridos, a maioria civis, com mais de 50 militares entre as vítimas.
Sirenes tocaram em várias cidades israelenses alertando a população para buscar abrigo após a detecção dos ataques do Irã. Informações apontam 13 feridos e três mortos na região de Haifa.
Segundo a agência estatal do Irã, o ataque israelense atingiu um depósito de petróleo e um tanque de combustível, com imagens nas redes sociais mostrando os locais em chamas. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que “Teerã está queimando”.
As recentes trocas de ataques aumentam a tensão no Oriente Médio, desencadeadas após Israel lançar um “ataque preventivo” contra o programa nuclear iraniano.
Irã tem respondido com disparos de mísseis e uso de drones contra o território israelense, numa escalada preocupante.
Reações e ameaça de escalada
Em comunicado, o governo iraniano alertou os Estados Unidos, Reino Unido e França de que qualquer tentativa de impedir os ataques contra Israel resultará em retaliações das forças armadas do Irã.
Do lado israelense, o ministro da Defesa, Israel Katz, advertiu que “queimará Teerã” se o regime do Líder Supremo, o aiatolá Ali Khamenei, persistir nas agressões contra seu país.
Elevação das tensões entre Irã e Israel
O confronto entre os dois países teve início na última quinta-feira (12/6), quando Israel realizou ataques preventivos em território iraniano. Em retaliação, o Irã lançou uma ofensiva na sexta-feira (13/6).
Esse intercâmbio de ataques reforça a tensão já existente no Oriente Médio, região que ainda enfrenta outros conflitos, como o que envolve Israel e o Hamas, com uma escalada histórica registrada em outubro de 2023.