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sexta-feira, 14/11/2025




Mariana: vítimas buscam indenização bilionária em tribunal inglês

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A Justiça do Reino Unido decidiu nesta sexta-feira (14/11) que a mineradora australiana BHP é parcialmente responsável pelo desastre causado pelo rompimento da barragem de Mariana, situada em Minas Gerais, em 2015. As vítimas, através do Tribunal Superior de Justiça de Londres, estão reivindicando uma indenização no valor de R$ 251 bilhões (38 bilhões de libras).

Um novo julgamento na justiça inglesa definirá o montante da indenização, com previsão para ocorrer no segundo semestre de 2026.

Tragédia de Mariana

O rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas e impactou a vida de mais de 600 mil moradores. Além disso, lançou toneladas de rejeitos de mineração, poluindo o Rio Doce, configurando-se como a maior catástrofe ambiental da história do Brasil.

Foram despejados mais de 50 milhões de metros cúbicos de material tóxico em 41 cidades e três áreas indígenas, abrangendo uma extensão equivalente a mais de 220 campos de futebol.

As vítimas recorreram à justiça britânica por considerarem as ações judiciais feitas no Brasil insuficientes — dez anos depois da tragédia, ninguém foi legalmente culpado no país por este acontecimento.

A BHP possuía, no momento do incidente, duas sedes, uma delas localizada em Londres, o que permitiu que o julgamento ocorresse no Reino Unido. A mineradora australiana detém 50% da Samarco, empresa responsável pela barragem, enquanto os outros 50% pertencem à Vale S.A.




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