O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou na manhã desta sexta-feira (4/7) do anúncio de investimentos da Petrobras no setor de refino e petroquímico no Rio de Janeiro, totalizando R$ 33 bilhões. Durante o evento, o presidente defendeu a estatal, enfatizando que não vai permitir que a exploração do petróleo brasileiro seja entregue a outros países.
“Eu não vou abrir mão do petróleo brasileiro para outros explorarem. Quero que façamos isso da maneira mais responsável possível. Não queremos causar danos, mas não vamos abdicar da riqueza do nosso país”, declarou Lula, embora não tenha mencionado a Margem Equatorial, área da costa brasileira que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, considerada a nova fronteira para exploração de petróleo e gás.
O presidente também destacou a importância da Petrobras investir em pesquisa, afirmando que “vamos colher muitos resultados ainda este ano”.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assegurou que a possível exploração de petróleo na Margem Equatorial será realizada com segurança. “Nosso histórico de cuidado com as pessoas, o meio ambiente e o patrimônio, tanto próprio quanto de terceiros, garantirá operações seguras em todas as áreas da Petrobras”, ressaltou a executiva.
Entenda a Margem Equatorial
A Margem Equatorial é uma região costeira do Brasil que vai do estado do Amapá até o Rio Grande do Norte, constituindo uma nova fronteira para exploração de petróleo e gás natural.
Essa região é formada por cinco bacias sedimentares: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
A Petrobras planeja investir mais de US$ 3 bilhões nessa região até 2028, com a intenção de perfurar 16 poços conforme seu plano de negócios.
Em maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o plano da Petrobras para prevenção de emergências, sendo este um dos últimos passos para a licença de exploração.
Gestão da Petrobras e transição energética
A administração de Magda Chambriard foi elogiada publicamente por Lula, que afirmou estar impressionado com a liderança da executiva na estatal. O presidente ressaltou a relevância da Petrobras para a economia brasileira: “Quando a Petrobras vai bem, o Brasil vai bem. Precisamos apoiar para que a empresa cresça cada vez mais, se torne mais tecnológica e digital”.
Chambriard fez um balanço das ações desenvolvidas no último ano e pontuou a contribuição da empresa para a transição energética do país.
“Pode ficar tranquilo em relação à transição energética justa, pois estamos produzindo combustíveis cada vez mais renováveis. Gosto de dizer que não são combustíveis do futuro, mas do presente, porque já estão sendo fabricados, com crescente investimento em alternativas mais renováveis”, enfatizou a presidente da Petrobras.