O Exército de Israel determinou neste domingo (29/6) que os palestinos saiam das áreas localizadas no norte de Gaza, em preparação para uma intensificação dos combates contra o Hamas na região. A ordem de evacuação abrange a região de Jabalia e grande parte dos bairros na Cidade de Gaza.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pede o fim imediato do conflito e apoia esforços para mediar um cessar-fogo. “Fechem o acordo em Gaza e recuperem os reféns”, publicou Trump no domingo.
Os militares israelenses comunicaram que as pessoas residentes no norte de Gaza devem se deslocar para o sul, em direção à área de Al-Mawasi, em Khan Younis, que foi designada como zona humanitária. Contudo, a Organização das Nações Unidas alerta que não existem locais seguros remanescentes nessa região.
O Exército de Israel afirmou que suas Forças de Defesa estão operando com grande força nessas áreas e que as operações militares irão aumentar, se intensificar e se expandir para o oeste até o centro da cidade, com o objetivo de destruir as capacidades das organizações terroristas.
Essa escalada militar ocorre enquanto Egito e Catar, com apoio dos EUA, iniciam tentativas para estabelecer um cessar-fogo que poderia durar 20 meses e assegurar a libertação dos reféns estrangeiros ainda detidos pelo Hamas.
O interesse em resolver o conflito aumentou após tensões recentes entre Israel e Irã, que envolveram a participação dos Estados Unidos.
O Hamas declarou estar disposto a libertar os reféns restantes, estimados em cerca de 20 pessoas ainda vivas. Por outro lado, Israel afirma que só encerrará o conflito se o Hamas for totalmente desarmado e desmantelado, posição que o grupo não aceita.
A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas contra Israel. Até o momento, cerca de 1.200 israelenses foram mortos e 251 mantidos como reféns, conforme dados oficiais de Israel. Os ataques israelenses resultaram na morte de mais de 56 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O conflito levou ao deslocamento da quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza.