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segunda-feira, 14/07/2025

Israel e Hamas iniciam negociações no Qatar para cessar-fogo em Gaza

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São Paulo, SP (FolhaPress) – Representantes de Israel e do grupo Hamas reúnem-se neste domingo (6) em Doha, capital do Qatar, para discutir a possibilidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que poderá incluir um pacto para a libertação de reféns. O encontro acontece antes de uma reunião marcada para Washington entre o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente americano, Donald Trump.

A pressão para um cessar-fogo está aumentando tanto dentro como fora de Israel. No âmbito interno, essa proposta enfrenta resistência de alguns membros da coalizão de direita de Netanyahu; no entanto, figuras como o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, manifestaram apoio à iniciativa.

Na última sexta-feira (4), o Hamas respondeu positivamente a uma proposta de trégua em Gaza que conta com o apoio dos Estados Unidos. Alguns dias antes, Trump afirmou que Israel aceitou as condições necessárias para uma pausa nas hostilidades por 60 dias.

Apesar disso, um pleito de um representante palestino próximo ao Hamas destacou preocupações relativas à assistência humanitária, à passagem pela fronteira de Rafah, que liga o sul de Israel ao Egito, e a um cronograma claro para a retirada das tropas israelenses.

O gabinete de Netanyahu declarou que as alterações propostas pelo Hamas não são aceitáveis para Israel. Contudo, confirmou que a delegação israelense seguirá para o Qatar para prosseguir as negociações, baseando-se na proposta do próprio Qatar que Israel concordou em analisar.

O grupo Hamas, liderado por Khalil al Hayya, já encontra-se na capital do Qatar, conforme informação de uma fonte próxima às negociações à agência AFP.

O primeiro-ministro Netanyahu, que se encontrará com Trump na segunda-feira (7), tem insistido que o Hamas seja desarmado, demanda esta que o grupo ainda não aceitou discutir.

Na noite de sábado, milhares de pessoas se reuniram em Tel Aviv, perto da sede do Ministério da Defesa, para pedir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos cerca de 50 reféns que ainda permanecem em Gaza. Os manifestantes mostraram bandeiras israelenses, cantaram e exibiram cartazes com imagens dos reféns.

Familiares de alguns reféns presentes nos protestos expressaram apreensão quanto à possibilidade de que o acordo não assegure o retorno imediato de todos os prisioneiros.

“Parece que, infelizmente, será um acordo parcial, mas o que o primeiro-ministro Netanyahu e sua equipe afirmam continuamente é que não será parcial”, declarou Dalia Cusnir, cunhada de um dos reféns.

“Estamos preocupados, porém compreendemos que, se for essa a solução para salvar vidas, iremos aceitar, manter a esperança e continuar lutando para que todos os reféns retornem”, acrescentou.

Este mais recente conflito entre Israel e Palestina, que se estende por décadas, teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, resultando em cerca de 1.200 mortes e 251 reféns, segundo dados israelenses.

O Ministério da Saúde de Gaza informa que o ataque militar de resposta de Israel já causou a morte de mais de 57 mil palestinos. Além disso, gerou uma grave crise de fome, deslocou muitos habitantes, especialmente dentro de Gaza, e deixou a região em estado de devastação.

Acredita-se que aproximadamente 20 reféns ainda estejam vivos. A maioria dos prisioneiros originais foi libertada após negociações diplomáticas e outras foram resgatadas por tropas israelenses.

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