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domingo, 02/11/2025




Halloween vira uma festa popular no DF

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Entre abóboras iluminadas e fantasias criativas, o Halloween deixou de ser apenas uma data dos Estados Unidos para virar uma festa querida no DF. Celebrado no dia 31 de outubro, esse evento vem conquistando famílias, grupos de amigos e até empresários locais, transformando o “Dia das Bruxas” em uma grande festa de alegria.

Para a publicitária Maria Luísa Cantanhêde Milano Neiva, 28 anos, do Lago Sul, a paixão pelo Halloween começou com aniversários temáticos que ela adorava desde a infância. “Desde o meu primeiro aniversário, meus pais organizavam festas com personagens especiais. Cresci gostando de me transformar por um dia”, conta. Hoje, essa paixão virou tradição: desde 2019, ela faz uma grande festa anual na chácara da família, que tem memórias desde os anos 1980.

A primeira festa foi antes da pandemia e reuniu mais de 90 pessoas, incluindo amigos de fora da cidade. Em 2020, fizeram um encontro menor, só entre a família. Desde então, o evento virou ponto certo para os convidados, com fantasias pensadas com cuidado, inspiradas em filmes, séries e cultura pop. “Gosto de buscar ideias, montar acessórios e ver as fantasias ganhando forma. É incrível ver todos elogiando as criações”, diz.

Este ano, a lista de convidados tem 134 nomes, com mais de 70 confirmados. A festa terá jogos com prêmios e outras atividades que já agitam o grupo nas redes sociais. “Cada encontro deixa lembranças especiais. É hora de juntar amigos, celebrar e se divertir — e isso faz o Halloween ser tão especial”, afirma Maria Luísa.

No Guará, o artista e professor de inglês Thiago de Paula Guedes, 29 anos, também é apaixonado pelo Halloween. Desde 2017, ele faz festas que misturam arte, atuação e muita imaginação. “Sempre adorei o Halloween, principalmente por causa da cultura pop. Meus pais faziam festas quando eu era adolescente e acho que herdei isso deles”, conta.

A primeira festa, feita em casa, teve como tema uma tenda cigana, com crânios, velas e cartas de tarô, e ele vestido de feiticeiro. O sucesso fez o evento crescer a cada ano, precisando de lugares maiores para receber quase 200 convidados. “Todo mundo traz amigos e familiares, e não cabe mais só na minha casa”, brinca.

Os convidados se dedicam muito às fantasias, algumas feitas do zero, costuradas e pintadas com muitos detalhes. Em 2023, a festa em um lounge de drag queens foi uma das mais marcantes, com convidados vestidos como Lady Di e Príncipe Charles, tudo feito à mão.

Este ano, o tema será uma homenagem às artes: Thiago vai se vestir de Van Gogh, acompanhado da namorada como o quadro A Noite Estrelada. “Para mim, o Halloween é uma mistura de arte, criatividade e carinho. É um momento de mudança e celebração coletiva.”

Em Samambaia, Denisson Pereira de Souza, 35 anos, leitor e fã de terror, também faz festas de Halloween. Cresceu lendo autores como Stephen King e acompanhando filmes que o marcaram desde criança. A tradição começou em 2014 com uma festa surpresa de aniversário, que acabou virando Halloween, e reuniu 60 pessoas. No ano seguinte, o número dobrou e eles alugaram até um fliperama para a festa. Em 2016, a festa passou a acontecer em uma chácara e virou o “Halloween Dance”, evento esperado por muitos.

Para Denisson, mais do que uma festa temática, é um momento de amizade. “Nunca cobrei nada, só peço uma fantasia e boa vontade. O Halloween é uma forma de se divertir, ser outra pessoa por um dia e sair da rotina. É o nosso carnaval de outubro.”

Este ano, ele preparou uma decoração especial de ‘casa de terror’ e vai se vestir como um rei sombrio que recebe os convidados. Espera repetir o sucesso com mais de 100 pessoas.

O que une histórias como as de Maria Luísa, Thiago e Denisson é o mesmo sentimento que fez do Halloween uma festa especial no DF: criatividade, amizade e vontade de celebrar juntos.




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