A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação nesta terça-feira (9) para prender um grupo suspeito de envolvimento em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. A investigação, iniciada em janeiro, revelou um esquema que movimentou R$ 6,8 bilhões em fraudes ao longo de dois anos.
O prejuízo direto para os clientes está estimado em R$ 20 milhões. Uma empresa especializada em gestão de recebíveis perdeu sozinha R$ 19,2 milhões devido ao uso indevido de suas credenciais.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e 12 de prisão temporária na capital São Paulo e nas cidades de Campinas e Hortolândia. Até o momento, oito pessoas foram detidas.
De acordo com a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) do Deic, responsável pela investigação, o grupo acessava informações de clientes e empresas para realizar transferências ilegais. As fraudes atingiam tanto correntistas quanto empresas que fornecem máquinas de cartão.
Verificou-se que o dinheiro desviado era enviado para pelo menos duas empresas criadas para receber os valores. Uma dessas empresas, considerada o principal centro financeiro do grupo, movimentou R$ 6,8 bilhões em dois anos, com os proprietários sendo alvo da operação.
A organização criminosa também contava com o apoio de um escritório de contabilidade no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, que abria as empresas usadas para movimentar o dinheiro.
Os suspeitos responderão por organização criminosa e lavagem de dinheiro. A ação é uma continuação de uma fase anterior, ocorrida em julho, quando três pessoas identificadas como “laranjas” foram presas por atuar em nome dos beneficiários do esquema.
As investigações seguem em andamento para identificar a rede de empresas e pessoas envolvidas no esquema de fraudes contra o sistema bancário e o setor de meios de pagamento.

