ANA POMPEU
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o Brasil está passando por um momento importante de defesa da democracia. Sem mencionar diretamente o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, ele também criticou as grandes empresas de tecnologia e relembrou ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Em uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (10), o ministro reforçou a importância da democracia no Brasil e destacou que o país defende firmemente a Constituição.
“O que está acontecendo no Brasil hoje é algo inédito na história da resistência pela democracia”, disse ele.
O ministro mencionou os ataques fortes contra membros do STF, incluindo ameaças de assassinato contra autoridades como o ministro Alexandre de Moraes.
“Nenhuma outra democracia moderna enfrentou algo parecido: uma tentativa de golpe em plena luz do dia, organizada por grupos extremistas que aproveitaram a liberdade praticamente irrestrita das redes sociais”, afirmou Gilmar Mendes.
Ele destacou que esse momento histórico exige uma defesa firme dos princípios constitucionais para proteger não só as instituições do país, como o próprio conceito de Estado de Direito no século 21.
Sobre as plataformas digitais, o ministro mencionou a campanha contrária ao PL das Fake News. Em maio de 2023, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes determinou a remoção de anúncios e links do Google contra esse projeto.
“Nenhum parlamento viu algo assim: uma grande campanha de desinformação feita por empresas de tecnologia, usando mentiras e histórias sensacionalistas para atrapalhar a discussão democrática sobre regras novas”, escreveu Gilmar Mendes.
Recentemente, após iniciar uma ofensiva para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu impor uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros. Ele chamou o julgamento contra Bolsonaro de “caça às bruxas” e afirmou que o Brasil tem tratado Bolsonaro de forma vergonhosa.