É Destaque
General Paulo Sérgio Nogueira assume Ministério da Defesa
Cerimônia de transmissão de cargo contou com presidente Bolsonaro

Ministério da Defesa
O general Paulo Sérgio Nogueira assumiu o comando do Ministério da Defesa, nesta sexta-feira (1º), durante cerimônia de transmissão de cargo na sede da pasta, em Brasília (DF). O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e dos comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos; do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior.
“Honrado com a distinção de ter sido nomeado, agradeço ao senhor presidente da República por confiar à minha pessoa a condução das políticas setoriais de uma das áreas essenciais para a soberania e para a própria existência do Estado brasileiro. Recebo essa missão com entusiasmo e muita vibração”, afirmou o novo ministro.
Nogueira substitui o também general Walter Braga Netto, que assumirá um cargo na assessoria especial do presidente da República. Braga Netto é cotado para concorrer às eleições como candidato à vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro.
Ontem (31), o presidente Jair Bolsonaro havia dado a posse a nove ministros e outros integrantes do governo que se desincompatibilizaram dos cargos para concorrem a cargos eletivos nas eleições de outubro deste ano. A Lei Eleitoral exige o afastamento dos cargos até seis meses antes do pleito.
Perfil
O novo ministro da Defesa é natural de Iguatu, no Ceará. Ele ocupava o Comando do Exército desde o ano passado, até ser convidado para assumir o primeiro escalão do governo federal.
Nogueira ingressou na força pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 1977, tornando-se aspirante a oficial da Arma de Infantaria em 1980. Como general, chefiou o Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS); a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé (AM); o Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM); o Comando Logístico do Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF); e o Comando Militar do Norte, em Belém (PA).
Agência Brasil

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Após Moro virar réu, Lula diz: ‘Espero que ele tenha o direito de defesa que não tive na Lava Jato’
Petista espera que ex-ministro da Justiça disponha de direito de defesa e presunção de inocência, além de um julgamento “digno decente e respeitoso”

© Folhapress / Marlene Bergamo
“Só espero que ele tenha o direito de defesa e a presunção de inocência que eu não tive com ele [na Lava Jato]. Espero que ele tenha um julgamento digno, decente e respeitoso. Mas acho que Moro cometeu um crime contra esse país”, declarou Lula citado pela Folha de São Paulo.
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Projeto que propõe censura a pesquisas eleitorais avança no Senado
Mudanças também incluem enfraquecimento da fiscalização dos partidos e afrouxamento da Lei da Ficha Limpa

(Flickr/Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O projeto que altera o Código Eleitoral e censura a divulgação de pesquisas no dia do pleito, aprovado pela Câmara dos Deputados no ano passado, avançou no Senado. O relator, Alexandre Silveira (PSD-MG), comunicou aos colegas que seu parecer estará pronto nas próximas semanas.
Entre os líderes, porém, não há consenso sobre o melhor momento para a votação. Segundo fontes próximas ao presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG), há disposição para votar o texto, mas ainda não foi definido se essa votação ocorreria antes das eleições desse ano.
Com 898 artigos, a legislação traz novas regras que diminuem a transparência e enfraquecem a fiscalização de partidos. Entre os pontos criticados por especialistas estão o enfraquecimento da Lei da Ficha Limpa e medidas que afrouxam o controle de gastos do Fundo Partidário. O projeto impõe ainda a censura ao proibir a divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia do pleito.
Alguns senadores defendem que o projeto seja votado agora, mesmo que certas medidas só possam valer nas próximas eleições. O princípio da anualidade determina que regras eleitorais só podem ser alteradas até um ano antes do pleito — é discutível a quais pontos do projeto ele se aplica.
— Tivemos reuniões sobre o projeto no ano passado e com o novo relator deve agora avançar, e é necessário. Não para essa, mas para as eleições seguintes, naturalmente — diz o senador Carlos Portinho (RJ), líder do PL.
Portinho defende que a exigência de uma “taxa de acerto” das pesquisas eleitorais, por exemplo, poderia valer a partir de agora, por não se tratar de uma regra de processo eleitoral.
Outros senadores discordam. Álvaro Dias (PR), líder do Podemos, afirma que o projeto não é prioridade no momento e que regras sobre pesquisas eleitorais fazem parte do processo eleitoral e devem respeitar a anualidade.
— Seria mudar as regras do jogo em meio à competição. Não acho que seja o momento adequado para essa discussão — disse Álvaro Dias.
Um dos motivos para a reforma do Código aprovada na Câmara dos Deputados foi a tentativa de impedir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de criar normas sem a previsão do Congresso. Para parlamentares, o tribunal acabou “legislando”, por exemplo, quando criou as regras sobre cotas de gênero, racial e sobre divisão de recursos do fundo eleitoral.
O projeto inclui o princípio da anualidade para decisões do TSE. Regras que afetam o pleito não poderão ser alteradas pela Justiça em prazo anterior a um ano do pleito. Permite também ao Congresso Nacional cassar resolução do TSE que considere exorbitar os limites e atribuições previstos em lei.
O texto aprovado na Câmara também altera o período de inelegibilidade definido pela Ficha Limpa. O prazo continua a ser de oito anos, mas começará a contar a partir da condenação. Antes, era após o cumprimento da pena, o que torna a punição mais longa.
Procurado, o senador Alexandre Silveira não respondeu sobre eventuais alterações ao projeto da Câmara que tenha sugerido em seu relatório, que ainda não foi divulgado.
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Rodrigo Maia vira meme ao perder a chance de chefiar campanha de João Doria
Com a desistência de João Doria (PSDB) de se candidatar à Presidência da República, quem acabou caindo na boca do povo foi Rodrigo Maia. E tem gente comparando o ex-presidente da Câmara a um personagem da “Turma do Chaves”.

© Folhapress / Bruno Rocha/Agência Enquadrar
O @jdoriajr foi um grande governador de SP, um governo que ainda será reconhecido por todos os brasileiros. Além disso, liderou o Brasil nesse processo da pandemia, trazendo a vacina. Hoje faz um gesto generoso na tentativa de construção de um candidato no nosso campo político.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) May 23, 2022
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Sergio Moro vira réu em ação apresentada por deputados do PT
O ex-juiz Sergio Moro virou réu em uma ação popular apresentada por deputados federais do PT, onde pedem a condenação do ex-juiz por prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira.

© Pedro Ladeira
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O PSDB cancela reunião que definiria apoio à Tebet
A questão do adiamento envolve forças políticas dentro do ninho tucano que viram uma oportunidade de lançar um outro nome como candidato

(Agência Brasil/Marcelo Camargo)
O PSDB decidiu cancelar a reunião da Comissão Executiva Nacional que estava convocada para esta terça-feira, 24, informou o partido . Após a desistência do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de concorrer ao Palácio do Planalto, o encontro dos líderes da legenda definiria o apoio à senadora Simone Tebet (MDB) como cabeça de chapa da terceira via, no acordo que também envolve o Cidadania.
A questão do adiamento envolve forças políticas dentro do ninho tucano, capitaneadas pelo deputado federal Aécio Neves, que viram uma oportunidade de lançar um outro nome como candidato à Presidência pelo partido. A ideia seria sugerir Eduardo Leite, que ficou em segundo lugar nas prévias do partido, realizadas no fim do ano passado. Ocorre que o presidente da legenda, Bruno Araújo, defende o apoio à Tebet. Por conta do impasse, a decisão do partido foi adiada.
Nesta segunda-feira, 23, o ex-governador de São Paulo não aguentou a pressão e desistiu de concorrer à Presidência da República. O anúncio foi feito logo depois de uma reunião com líderes do PSDB. Desde a semana passada, os caciques do partido tentavam fazer com que o ex-governador desistisse espontaneamente de concorrer.
A situação ficou mais complicada na semana passada quando MDB, PSDB e Cidadania indicaram, de forma ainda não definitiva, que a senadora Simone Tebet será a cabeça de chapa dos três partidos na disputa ao Palácio do Planalto, representando a terceira via. A decisão, de fato, sairia somente nesta terça-feira após reunião da Executiva das três legendas, realizadas de forma separada.
No conjunto de motivos da desistência de Doria estava a resistência ao seu nome dentro do próprio ninho tucano. Desde que venceu as conturbadas prévias do PSDB vários líderes não aceitaram seu nome, preferindo o ex-governador do Rio Grande do Sul.
No último dia para deixar o comando do governo de São Paulo por conta da Lei Eleitoral, no fim de março, Doria ameaçou desistir dos planos de concorrer à Presidência, ficar no cargo até o fim do mandato, e sair da vida pública em janeiro de 2023. Aos 45 do segundo tempo, ele renunciou ao mandato com a condição de que teria o apoio do PSDB. Agora, isolado, deixou a vida pública com um “até breve”.
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Cientistas criam tomate transgênico com vitamina D equivalente a de 2 ovos
Esse tipo de vitamina é responsável por regular nutrientes como o cálcio, essencial para manter os ossos, dentes e músculos saudáveis

(Reprodução/Suzie Howell/The New York Times)
Cientistas britânicos modificaram a composição genética de tomates para torná-los uma fonte robusta de vitamina D, que é responsável por regular nutrientes como o cálcio, essencial para manter os ossos, dentes e músculos saudáveis.
Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo sofram de carência de vitamina D, o que está associado a uma infinidade de condições, desde câncer a doenças cardiovasculares.
Liderada por pesquisadores do John Innes Center, em Norwich, a iniciativa também pode ajudar pessoas adeptas ao veganismo (que não se alimentam de nenhum produto que contenha carne, ovos, leite, mel ou outros ingredientes derivados de animais). Embora a vitamina D seja criada em nossos corpos após a exposição à luz solar, sua principal fonte são os alimentos, especialmente laticínios e carnes.
Como as folhas de tomate contêm naturalmente um dos blocos de construção da vitamina D3, chamado 7-DHC, os cientistas usaram a ferramenta Crispr — uma espécie de “tesoura genética” — para ajustar o genoma da planta, de modo que o 7-DHC se acumule substancialmente no fruto do tomate, bem como nas folhas.
Depois que as folhas e o fruto fatiado foram expostos à luz ultravioleta por 1 hora, um tomate continha níveis equivalentes de vitamina D a dois ovos de tamanho médio ou 28 gramas de atum, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado na revista científica Nature Plants.
A vitamina D3 é considerada a melhor para aumentar os níveis de vitamina D no corpo. E a maioria dos seus suplementos vem da lanolina, que é extraída da lã de ovelha. Como a ovelha permanece viva, funciona para vegetarianos, mas não para veganos.
Os cientistas agora estão avaliando se a luz do Sol, em vez da luz ultravioleta, pode efetivamente converter 7-DHC em vitamina D3.
Novas regulações no Reino Unido permitiram que os pesquisadores avaliassem essa teoria — mas pode levar algum tempo até os tomates que estejam prontos para chegar às prateleiras dos supermercados.
De acordo com Jie Li, principal autor do estudo, dois tomates geneticamente modificados de tamanho médio devem ser suficientes para suprimir as necessidades humanas básicas de ingestão de vitamina D de fontes alimentares. Ainda segundo ele, é quase imperceptível a diferença entre esses tomates transgênicos e um tomate selvagem.
“Eles têm gosto de tomate”, acrescentou Cathie Martin, outra autora do estudo.