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segunda-feira, 14/07/2025

EUA e Colômbia chamam diplomatas após acusação de plano contra Petro

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A tensão entre os Estados Unidos e a Colômbia aumentou significativamente, resultando na convocação dos diplomatas para retornarem aos seus países. Essa decisão dos dois governos foi divulgada na quinta-feira, 3 de julho, em meio a alegações sobre uma suposta conspiração para derrubar o governo colombiano liderado por Gustavo Petro, com possível envolvimento de Washington.

De acordo com um comunicado do Departamento de Estado, o encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Bogotá, John McNamara, foi convocado para “consultas urgentes”. Outras ações também estão sendo tomadas para demonstrar a “profunda preocupação com a situação atual” nas relações entre as duas nações.

McNamara estava à frente da missão norte-americana na Colômbia desde janeiro, quando Washington decidiu retirar o embaixador Francisco Palmieri, após desentendimentos entre Gustavo Petro e o ex-presidente Donald Trump sobre deportações e tarifas.

Em uma declaração no X, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que essa medida foi tomada em resposta às “declarações infundadas e inaceitáveis de altos representantes do governo colombiano”.

Mais tarde, o presidente colombiano, Gustavo Petro, respondeu de forma semelhante, convocando o embaixador da Colômbia em Washington, Daniel García-Peña, para consultas.

“Em resposta à decisão do Sr. McNamara, encarregado de negócios da embaixada dos EUA na Colômbia, de retornar para consultar, estou, da mesma forma, convocando nosso embaixador Daniel García-Peña nos Estados Unidos para consultas”, declarou Petro no X.

Tentativa de Golpe

A convocação dos diplomatas, um sinal sério de distanciamento entre os países, acontece poucos dias após denúncias sobre uma suposta tentativa de golpe contra o governo colombiano.

No último fim de semana, o jornal espanhol El País divulgou uma série de áudios relacionados ao caso. Neles, o ex-ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Álvaro Leyva, que integrou o governo de Gustavo Petro entre 2022 e 2024, buscou o apoio de autoridades dos EUA para derrubar o presidente colombiano atual. Ele manteve uma reunião com o congressista Mario Díaz-Balart, do Partido Republicano, para tratar do assunto.

Conforme a reportagem, o ex-chanceler tentou contato com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ex-presidente Donald Trump, com o objetivo de articular a derrubada do líder colombiano.

Leyva teria sugerido o uso de métodos tanto armados quanto não armados para a realização do golpe, considerando Petro uma figura enfraquecida. Caso o plano fosse bem-sucedido, Leyva propôs que a vice-presidente atual do país, Francia Márquez, assumisse o governo.

Entretanto, o governo Trump não mostrou interesse em participar da conspiração, desfavorecendo o suposto plano.

Após a divulgação do caso, Petro afirmou que “um golpe está em andamento” e pediu que a justiça dos EUA investigue o episódio. O Ministério Público da Colômbia também abriu uma investigação após a repercussão do caso.

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