Um empresário de 47 anos foi preso em Brusque, no Vale do Itajaí, suspeito de usar documentos com identidade falsa há cerca de 20 anos. O delegado Odair Rogério Sobreira disse, nesta quarta-feira (21), que o homem “sumiu com a pessoa que era” e passou a viver uma vida normal com os registros adulterados.
Ele fez título de eleitor, abriu contas bancárias, conseguiu alvarás, casou e teve dois filhos registrados com o nome falso, informou o investigador. Segundo Sobreira, ele escondeu até de esposa e filhos a identidade verdadeira.
“Ele passou a ser uma nova pessoa com esse novo nome, essa nova identidade. Ele tirou habilitação, abriu empresas, tirou o CPF. Ele votava, teve dois filhos, relacionamentos conjugais”, conta o investigador.
O homem, segundo o delegado, já havia sido preso por pensão alimentícia com a documentação falsificada.
Conforme a Polícia Civil, o suspeito foi interrogado na segunda-feira (19), data da prisão preventiva, na presença de advogado, mas escolheu permanecer em silêncio.A motivação do crime ainda é apurada.
Investigação
As investigações começaram após a Polícia Científica compartilhar informações aos policiais civis sobre possível uso de documento falso pelo suspeito.
A Polícia Civil de Brusque conseguiu o mandado de prisão com base nos crimes de uso de documento falso, falsificação de documento e falsidade ideológica.
O delegado também solicitou busca e apreensão na casa do homem, no bairro Santa Terezinha, que foi concedida pela Justiça. Os policiais encontraram uma pequena quantidade de maconha, vários cartões bancários, cheques, documentos de uma empresa da cidade e uma carteira de motorista, tudo com nome falso.
Conforme o investigador, o homem é natural de Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina. Quando chegou a Brusque, onde constituiu família, já usava o nome falso.