Após quase 12 anos fechado, o Autódromo Internacional de Brasília voltou a funcionar na última semana e já voltou a integrar o calendário de grandes eventos nacionais. A reabertura aconteceu durante a penúltima etapa da Stock Car 2025, vencida por Nelson Piquet Júnior. Nos dias seguintes, o local também recebeu o Grand Prix Performante de Ciclismo e a 8ª etapa — Quatro Horas de Brasília, do Endurance Brasil.
“Estamos muito felizes com os eventos. Muitos acreditavam que o autódromo ficaria vazio ou teria poucos eventos, mas desde sua reinauguração ele tem mostrado que será um espaço de várias provas de automobilismo. Já temos vários eventos planejados para 2026. Isso comprova que o autódromo será bastante utilizado e que Brasília estará na rota nacional e internacional, com uma vantagem em relação a outros autódromos, que é estar dentro da capital do país”, afirmou o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.
A competição de ciclismo reuniu mais de cem atletas que, mesmo com chuva no Distrito Federal, continuaram firmes até o final. “Foi minha primeira corrida. Gostei muito da experiência de correr em Brasília. A pista está ótima, foi um grande desafio por causa da chuva, mas foi maravilhoso e ganhar o troféu foi ainda melhor”, comemorou Flávia Passos, campeã na categoria feminina 35-39, em entrevista à Federação Metropolitana de Ciclismo do Distrito Federal (FMC-DF).
“Uma experiência enorme, primeira vez desta prova em Brasília e tive a chance de participar. Foi fantástico, organização excelente e, para mim, é uma honra vencer na minha categoria. Muito treino, esforço e dedicação durante a semana”, acrescentou Márcio Arruda Nogueira, líder no masculino 45-49, também em entrevista à FMC-DF.
“A Federação Metropolitana de Ciclismo (FMC-DF) apoiou o Grand Prix Performante desde o início, pois reconhecemos a importância de um evento desse porte para Brasília e especialmente para o autódromo. Foi uma prova diferente, inclusiva e muito elogiada, com duplas mistas, atletas PcD, categorias de elite e performance — um equilíbrio que fortalece e valoriza o ciclismo do Distrito Federal. Sem dúvida, foi uma das maiores competições já feitas na capital”, destacou o presidente da FMC-DF, Roberto Menescal. “A federação já confirmou eventos inéditos e importantes: a Copa Brasil de Paraciclismo em 2026, uma etapa da Copa do Mundo de Paraciclismo em 2027 e, em 2028, o Mundial de Paraciclismo”, completou o presidente.
A corrida de carros foi a última da temporada do Endurance Brasil e definiu os campeões da categoria: Gaetano Di Mauro e Arthur Pavie. A dupla garantiu o título ao chegar em sexto lugar na corrida em Brasília, vencida por David Muffato e Pedro Queirolo.
Reabertura
Depois de quase 12 anos fechado, o Autódromo Internacional de Brasília voltou a ser um espaço esportivo e cultural ativo na cidade. Após uma grande reforma, com investimento de R$ 60 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF), o complexo foi reinaugurado no dia 27, em cerimônia conduzida pelo governador Ibaneis Rocha.
Essa reinauguração é mais um passo do GDF para devolver à cidade equipamentos públicos históricos que estavam abandonados. Desde 2019, o governo trabalha na recuperação e modernização de espaços deteriorados, que são patrimônios da cidade, como o Museu de Arte de Brasília (MAB), a Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro e a Casa de Chá.
Com a reabertura, o autódromo retoma seu papel histórico como casa do automobilismo e motociclismo, possuindo a pista mais longa do país: 5.384 metros divididos em seis traçados, duas variantes e 16 curvas. A renovação também aumenta a capacidade da cidade de sediar eventos esportivos, culturais e de lazer, reforçando a vocação original do complexo criado em 1974 como uma arena multiuso.
Com informações da Agência Brasília

